Consolidando a retomada da aliança com o PT, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, se reuniu nesta terça-feira (28) com a senadora Gleisi Hoffmann (PR), à frente do partido.
Os dois estiveram com os presidentes do PCdoB, Luciana Santos, e do PDT, Carlos Lupi, em uma oficina promovida pelas fundações de cada uma das siglas para falar sobre projetos juntos.
Oficialmente, eles discutem uma proposta de “desenvolvimento para o País” e “em defesa da democracia”.
O tema também passa por uma aliança para o segundo turno de 2018.
Três dos quatro partidos já lançaram pré-candidatos: Lula, pelo PT, Manuela D’Ávila, do PCdoB, e Ciro Gomes, no PDT.
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Um ano depois, pensando na disputa presidencial, o então governador Eduardo Campos também interrompeu o apoio ao governo Dilma Rousseff (PT), chegando a criticar a sua política econômica na campanha de 2014.
No mesmo ano, os socialistas pediram voto para Aécio Neves (PSDB) no segundo turno.
Agora, quatro anos depois, PT e PSB começaram novamente a conversar.
Siqueira tem encontrado Hoffmann em Brasília e, quando esteve no Recife, Lula visitou Renata Campos, viúva de Eduardo e figura influente entre os socialistas. » Presidente do PSB fala em enfrentar ‘vento liberal-conservador’ em 2018 » Marília Arraes ataca Paulo Câmara e diz que PE está perdendo a guerra contra a violência » Com PT e PSB se reconciliando, Lula janta com Renata Campos » Após visita a Renata, Alckmin diz que aliança é ‘tema mais para a frente’ Desde o rompimento, porém, petistas estão nas bancadas de oposição na Câmara do Recife e na Assembleia Legislativa.
Enquanto Paulo Câmara (PSB) quer tentar reeleição, petistas falam em lançar a vereadora da capital Marília Arraes, prima de Eduardo Campos que rompeu com os socialistas em 2014 e que já apareceu no guia do partido criticando o governo.
Se os dois partidos voltarem a se articular, porém, podem inviabilizar a candidatura dela.
A aliança também está no alvo da oposição ao PSB.
Durante o fim de semana, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), apoiado pelo PT nas duas últimas eleições e que agora caminha com PSDB e DEM, defendeu que os petistas tenham candidatura própria e passou a usar o discurso de que os socialistas apoiaram o impeachment de Dilma.
A fala foi endossada por Silvio Costa (Avante), pré-candidato ao Senado ao lado dos petistas e adversário dos socialistas.