Menos de um ano para as eleições de 2018 e o senador Armando Monteiro (PSB) tem feito avaliações sobre o governo de Paulo Câmara (PSB) no Estado.

Segundo o petebista, o governo pouco se articulou para animar a economia do Estado em meio a crise e que o governo poderia ter exercido um outro papel mas deixou aquém do que se desejava. “Pernambuco investe muito menos que os estados da região e isso tem efeito na economia.

Por outro lado, o papel de articulação, no sentido de visibilizar alguns empreendimentos, até mesmo na capacitação de recursos externos, eu não vi”, disse o petebista durante um debate na Rádio Jornal nesta sexta-feira (24).

LEIA TAMBÉM » De forma indireta, Armando Monteiro cobra posição de Paulo Câmara sobre operação da PF » Filho de Armando Monteiro diz que ‘Lava Jato chegará aos saqueadores do Estado’ » Armado deu o exemplo do financiamento do BNDES que desde o início do ano o governador Paulo Câmara tenta negociar a liberação com o presidente Michel Temer (PMDB).

Ainda sobre a falta de articulação do governo pernambucano, o parlamentar ainda alfinetou o fato de que Pernambuco não conseguido entrar na primeira remessa do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), programa de privatização do governo federal, visando que o Estado tinha quatro ministros. “Pernambuco não foi concluído na primeira leva de projetos como os terminais, Tecon 2, vários investimentos que não aconteceram.

Mas por que não conseguiram?

Você tinha quatro ministros de Pernambuco e o governo foi construído com o apoio do PSB.

O que houve foi falta de articulação, que na época os ministros pernambucanos disseram que não houve articulação capitaneada pelo Governo do Estado”, disse o petebista na rádio.

Finalizando dando exemplo da entrega da autonomia de Suape ao governo que desde o início do ano o presidente Temer prometeu devolver. » Em dobradinha, FBC e Armando Monteiro aprovam uso do FNE na revitalização do São Francisco Questionado que os ministros pernambucanos deixaram de ajudar o Estado por ser oposição, Armando saiu em defesa dos seus novos aliados que, junto com o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE), criaram um nova frente de oposição ao Governo do PSB.

O senador fez salvaguarda dos pernambucanos e deu como exemplo os investimentos do ex-ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB) e do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) no Estado. “Eu quero ser justo.

Os ministros pernambucanos em nenhum momento fizeram discriminação.

Eles tiveram uma postura de muito compromisso com Pernambuco.

Agora, eu acho que ninguém pode substituir o papel do Governo do Estado”, declarou.

Vale lembrar que um dos ministros é Fernando Filho (Minas e Energia) que rompeu junto com Fernando Bezerra Coelho, seu pai, com o governo de Paulo Câmara. » Bruno Araújo ajuda aliado de Armando Monteiro Neto em Igarassu Sobre segurança, o senador avaliou que o governo de Paulo Câmara investe pouco na área de inteligência e que por isso Pernambuco tem experimentado um retrocesso.

Ele também não deixou de falar sobre o Programa Pacto Pela Vida que, segundo Armando, pode dar desconto por causa da crise econômica, mas faltou a figura central do governador. “Acho que faltou na segurança de Pernambuco foi uma atitude do governante”, alfinetou. “A postura do Governo do Estado na medida que os índices iam se deteriorando, era ir dizendo ou tentando transferir a culpa na crise econômica.

Isso era um discurso recorrente.

Ou então querendo terceirizar responsabilidades colocando problema pro governo federal, a questão das drogas, das armas, que é um componente do problema mas que não justifica”, finalizou.