A violência virou uma preocupação no futebol brasileiro.
Os números mostram níveis assustadores, com mortes sendo anunciadas pela imprensa praticamente em todas as rodadas do Campeonato Brasileiro.
Com o objetivo de levantar esta discussão e buscar soluções, a Bertini Produções e Eventos (BPE) e o jornalista esportivo Beto Lago realizam entre os dias 5 e 7 de dezembro, na Universidade Salgado de Oliveira – Universo, o I Congresso Internacional de Esportes de Pernambuco (CIEPE).
A proposta deste primeiro congresso é abordar temas voltados ao futebol.
No primeiro dia, dia 5, as mesas apresentam discussões sobre o direito esportivo e segurança no futebol, com ações de combate à violência além dos projetos de responsabilidade social dos clubes. “Lamentavelmente, as brigas e mortes acontecem durante as competições nacionais, de tal sorte que se torna necessária uma ampla discussão que promova o compromisso por soluções rápidas. É essencial se buscar por iniciativas que combatam a falta de punições e que tragam de volta a satisfação por estar em uma partida de futebol”, diz a produtora da BPE e produtora executiva do congresso, Sandra Bertini.
No segundo dia (06), as temáticas passam por inovações técnicas e táticas, propostas de melhorias de calendários e arbitragens e a saúde atlética como referência de desempenho.
No terceiro dia (07), novas oportunidades de negócios, com ênfase em marketing, comunicação e a criação de museus nos clubes. “Tivemos o cuidado de apresentar temáticas que possam trazer propostas para reformular o futebol e, principalmente colocar em pauta o crescimento absurdo de violência dentro e fora dos estádios.
Vamos transformar Pernambuco em um centro permanente de debates esportivos no País”, explica o jornalista Beto Lago, coordenador de conteúdo do congresso.
Entre os nomes presentes ao congresso estão do ex-governador e ex-ministro Gustavo Krause, Eduardo Araripe (especialista em torcidas organizadas), o advogado e auditor do STJD Fábio Boson, o comentarista de arbitragem da ESPN Sálvio Spinolla, Manoel Silva (love fútbol), Fábio Silva (VP de Responsabilidade Social do Sport), os treinadores Vanderlei Luxemburgo (ex-Sport) e Matheus Costa (atualmente no Paraná Club), o médico e chefe da equipe médica na Copa do Mundo de 2014/Recife Romeu Krause.
Outro tema discutido no congresso se refere ao mercado econômico.
Os 20 clubes da Primeira Divisão mais o Inter/RS (que está na série B) têm dívidas trabalhistas que somam R$ 2,4 bilhões, quase o dobro do valor do estádio Mané Garrincha, em Brasília (custou R$ 1,4 bilhão). “Este é um momento de levantar discussões importantes.
E mostrar como devemos buscar novas receitas e novos negócios no futebol. É preciso discutir novas ideias no marketing e não ficar preso nas mesmices”, diz Beto Lago. “O licenciamento dos clubes brasileiros representam 0,1% dos R$ 70 bilhões movimentados pelo esporte global.
Lembrando que o Brasil é o maior mercado de mídia e entretenimento entre os emergentes, contando com 160 milhões de torcedores e que 80% acompanha futebol na mídia”.
A novidade fica por conta de uma mesa que irá discutir sobre museus.
Além da presença dos representantes dos museus do Futebol e do Internacional, haverá a apresentação dos museus do Sport e do Náutico e um representante do Museu do Benfica, de Portugal, considerado um dos mais modernos museus de clube de futebol na Europa.
As inscrições para o I Congresso Internacional de Esportes de Pernambuco podem ser feitas pelo site www.ciepe.com.br.
Homenagem Para este primeiro ano do CIEPE, os organizadores vão prestar uma homenagem “in memorian” ao comentarista Luís Cavalcante.
Baiano de alma pernambucana, o “Comentarista da Palavra Abalizada”, como ficou conhecido no rádio, começou na Rádio Cultura de Ilhéus como narrador, passando por diversas rádios da Bahia.
Luís chegou ao Recife em 1955.
Passou por várias rádios, mas todos recordam seu longo período como comentarista na Rádio Jornal do Commercio.
O seu último trabalho foi na Rádio Transamérica, trabalhando ao lado de jovens talentos que davam seus primeiros passos na imprensa.
Comandou a delegação do Sport, em 1958, para uma excursão até o Norte do País.
Ganhou o apelido de “Palavra Abalizada” em 1970, na Rádio Jornal.
Virou benemérito da Associação dos Cronistas Desportivos de Pernambuco (ACDP), cidadão recifense, cidadão pernambucano, sem contar os diversos títulos que recebem, aqui e fora do Estado. “Luís Cavalcante tinha o respeito e o carinho de todos, radialistas, jornalistas, torcedores e dirigentes.
Não vestia a camisa de um clube no Estado da Bahia ou aqui em Pernambuco.
Sua camisa era a verdade, a sinceridade, a honestidade.
Luís Cavalcante soube ser um profissional pautado pela imparcialidade, correção e ética.
Era respeitado por todas as torcidas”, comenta o jornalista esportivo Beto Lago.