O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu para 56,5 pontos neste mês e alcançou o maior valor desde abril de 2013, antes do início da crise econômica.

O índice de novembro é 0,5 ponto superior ao de outubro e está 2,5 pontos acima da média histórica, de 54 pontos.

Foi o terceiro mês consecutivo que o indicador ficou acima da média histórica, informa a pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 23 de novembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos.

Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.

De acordo com a pesquisa da CNI, a confiança é maior na indústria extrativa.

Neste segmento, o ICEI deste mês alcançou 57,5 pontos e está acima da média da indústria, de 56,5 pontos.

Na indústria de transformação, o indicador foi de 56,9 pontos e, na construção, de 54,4 pontos.

O aumento da confiança em novembro é resultado, especialmente, da melhora da percepção dos empresários sobre as condições atuais dos negócios e da economia. “Há a redução dos juros, da inflação e do desemprego.

A economia está em um momento melhor do que há seis meses”, disse o economista da CNI, Marcelo Azevedo.

O indicador de confiança nas condições atuais da empresa e da economia alcançou 51,5 pontos, se afastando da linha divisória dos 50 pontos, que separa percepções de piora e de melhora das condições atuais de negócio.

O índice deste mês é o maior desde abril de 2011 e está 7,7 pontos acima do registrado em novembro do ano passado.

O indicador de expectativas em relação ao desempenho dos negócios e da economia para os próximos seis meses manteve-se praticamente estável, mas continua a apontar otimismo, ao situar-se em 58,9 pontos em novembro.

O valor é 3,1 pontos maior que o registrado em novembro do ano passado.

Azevedo destaca que a manutenção da confiança em patamares elevados aumenta as chances de aceleração da atividade industrial.

Isso porque empresários confiantes têm mais disposição para aumentar a produção, criar mais postos de trabalho e fazer investimentos, o que estimula a atividade e o emprego.

Essa edição da pesquisa foi feita entre 1º a 14 de novembro com 2.980 empresas de todo o país, das quais 1.162 são pequenas, 1.129 são médias e 689 são de grande porte.