O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) confirmou nesta quinta-feira (23) que vai se filiar ao PEN (Partido Ecológico Nacional), em processo para se chamar Patriota.

A troca de legendas será em março, na janela partidária, para não perder o mandato que tem há 26 anos na Câmara, mas houve um ato simbólico mais cedo no gabinete dele na Casa, em que ele assinou a filiação. “Quando se faz isso, um casamento, todo mundo perde um pouco para que no conjunto nós venhamos a ganhar”, disse em vídeo ao lado do atual presidente da sua futura sigla, Adilson Barroso.

LEIA TAMBÉM » Patriotas acusa Bolsonaro: ‘usurpador’ » Bolsonaro faz sigla ecológica abandonar causa ambiental » Cientista política Vera Chaia vê Bolsonaro repetindo Collor » FHC diz ter medo da possibilidade de Bolsonaro conquistar o poder “Todo mundo perde aqui, mas, pode ter certeza, o Brasil vai ganhar com essa nossa proposta, uma nova forma de fazer política”, afirmou ainda.

A gravação foi publicada por Flavio Bolsonaro, filho do deputado que é parlamentar estadual no Rio de Janeiro pelo PP.

De olho na disputa presidencial de 2018, Bolsonaro anunciou há um ano que estaria procurando um partido maior do que o PSC para concorrer ao Palácio do Planalto.

Já nessa expectativa, a sigla anunciou na semana passada a pré-candidatura de Paulo Rabello de Castro, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em Pernambuco, o palanque de Castro deve ser reforçado pelo deputado estadual André Ferreira, que quer ser o primeiro senador evangélico do Estado. » STJ confirma condenação de Bolsonaro por danos morais a Maria do Rosário » Para vice-PGE, decisão sobre Lula e Bolsonaro balizará eleições de 2018 » Pesquisa aponta Lula e Bolsonaro no 2º turno para 2018 » Proposta de título de cidadão pernambucano para Bolsonaro é criticada por deputados Para migrar para o PEN, esperando levar aliados do Congresso Nacional, Bolsonaro exigiu a troca da bandeira e do nome do partido.

Agora em processo para se chamar Patriota, deixou a causa ambiental para adotar um slogan religioso: “Brasil acima de todos.

Deus acima de tudo”.

Com a mudança, Bolsonaro e Barroso foram acusados de “usurpadores” pelo Coronel Castro, presidente dos Patriotas, partido em processo de formação desde 2015 que não conseguiu as assinaturas necessárias para ser criado.

Os dois têm, além dos nomes semelhantes, identidades visuais parecidas.

O Patriotas entrou com dois processos por uso indevido da marca e participa de um pedido de impugnação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).