Contrário à reforma da Previdência, o líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), criticou nesta quarta-feira (22) mais um jantar que será oferecido pelo presidente Michel Temer (PMDB) a aliados para pedir apoio na votação da matéria. “Hoje à noite, Temer e seus aliados sentarão em torno de uma mesa para comer e beber nababescamente à custa do dinheiro público com o único propósito de discutir esse assunto”, afirmou o petista.
LEIA TAMBÉM » Temer vai propor 40 anos de contribuição para aposentadoria integral » Temer recebe Aécio e pede apoio para reforma da Previdência » “Em dez anos, 80% do orçamento irá para Previdência e nem Congresso poderá trabalhar’, diz Meirelles “Um sujeito que se aposentou aos 55 anos e, hoje, recebe R$ 33 mil mensais, sem nunca ter pego no pesado, dará uma aula magna à sua base sobre por que aumentar a idade mínima para a aposentadoria e o tempo de contribuição dos trabalhadores e desmontar o regime dos servidores públicos”, disse ainda. “É de um cinismo sem tamanho.” Sessões do Congresso Nacional foram adiantadas nesta quarta-feira para viabilizar o jantar.
Para Humberto Costa, isso “diminui o papel do Legislativo”. » Tadeu Alencar diz que Temer não terá apoio dos governadores para reforma da Previdência » Oposição a Temer reclama de retomada da discussão da reforma da Previdência O petista afirma que a reforma da Previdência mantém privilégios. “Não fala em mexer nos mais de R$ 5 bilhões gastos anualmente com filhas solteiras de militares, um inaceitável privilégio para os tempos atuais.
E, mais que isso, esse governo faz completa vista grossa para os R$ 460 bilhões devidos por empresários ao INSS, que é o triplo do dito déficit registrado pela Previdência em 2016”, disse. » Jucá diz que Senado só vota reforma da Previdência em 2018 » Maia admite que está longe dos 308 votos para aprovar reforma da Previdência » Empurrar responsabilidade da Previdência para Congresso não ajuda, diz Maia Em encontro com governadores essa tarde, a equipe econômica de Temer apresentou uma nova proposta de reforma da Previdência, mais enxuta que o projeto original.
Inicialmente, estava previsto o tempo mínimo de 25 anos de contribuição para se aposentar, enquanto agora deve ser de 15 anos.
Quem pedir o benefício com 15 anos, porém, só deve receber 60% do valor, enquanto os 100% só seriam disponibilizados para quem contribuísse por 40 anos.
Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Devido ao caráter impopular da reforma da Previdência, a base aliada reconhece que não tem os 308 votos necessários para aprová-la. “Acho que está longe”, chegou a afirmar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Para conquistá-lo, Temer indicou o deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO), seu aliado, para o Ministério das Cidades, pasta que era do pernambucano Bruno Araújo (PSDB), apoiador da reforma.