Ao rebater os ataques desferidos pelo senador Humberto Costa, nesta terça-feira, o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse que esperava de Humberto Costa, como médico, um debate elevado e comprometido com a verdade e a boa formação médica. “Se, pelo menos uma vez na vida, o senador abrisse mão do discurso mentiroso, estaria parabenizando nossa gestão no MEC pelo compromisso com a sustentabilidade da política de formação médica no Brasil, preservando a qualidade do ensino”, ironizou.
Mendonça Filho disse que lamenta o fato de Humberto Costa só falar para a militância e para atender a interesses de faculdades privadas. “Nos seus ataques, Humberto Costa deixa claro sua total desinformação sobre o assunto.
Mentira e desinformação juntas são péssimas companhias.
Não leu sobre o decreto.
A medida não afetará os editais de abertura de cursos em andamento – um nacional com novos cursos em 36 municípios, e outro com cerca de 30 municípios para o Norte, Nordeste e Centro Oeste – assim como instituições credenciadas e cursos autorizados”, criticou.
O ministro explicou que a suspensão, por 05 anos, de novos cursos de medicina, levou em conta dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que apontam que o Brasil já atingiu as metas de vagas estabelecidas por ano, de cerca de 11.000.
Seguindo no mesmo tom de ironia, Mendonça Filho disse que, como ex-ministro da Saúde, Humberto Costa devia se envergonhar de não saber que a política de autorização de cursos de Medicina por meio de editais, conduzida pelo MEC, é apenas uma parte do que prevê a Lei do programa Mais Médicos. “A seleção de médicos cubanos, embora esteja na mesma Lei, é uma política de responsabilidade do Ministério da Saúde”, afirmou.
Mendonça disse que, “ao contrário do discurso mentiroso de Humberto”, foi o PT que comprometeu o Mais Médicos, trazendo médicos cubanos para o Brasil em condições de semiescravidão, recebendo apenas R$ 3 mil reais, enquanto cerca de R$ 7 mil eram destinados ao governo bolivariano de Cuba.
Sobre os ataques de Humberto Costa à gestão de Mendonça, o ministro disse que “não adianta mentiras”. “Os dados de avaliação nacionais e internacionais como o Pisa mostram para o Brasil e para o mundo a herança maldita deixada pelo PT na Educação”, afirmou.
Mendonça afirmou que só entre 2015 e 2016 a gestão de Dilma/Mercadante cortou da Educação cerca de R$ 17 bilhões. “Encontramos o MEC numa situação de calamidade, com R$ 6,4 bilhões de corte no Orçamento, programas parados por falta de recursos e institutos federais sem pagar às empresas terceirizadas.
Um rombo de mais de R$ 30 bilhões no FIES”, disse, acrescentando que “já se colocou à disposição do senador Humberto Costa para mostrar como os “companheiros” Dilma/Mercadante deixaram a Educação”. “Já dei uma mostra dessa realidade ao senador na apresentação que fiz no Senado, mas continuo à disposição dele ou de qualquer petista para mostrar o que uma gestão competente e comprometida, como a nossa, faz para pagar os atrasados, regularizar repasse de recursos, retomar programas e obras paralisadas pela incompetência petista, e tirar do papel uma agenda estruturadora para a Educação como a reforma do ensino médio, a Base Nacional Comum Curricular, o Novo Fies, a política de escolas em tempo integral, de formação de professores e de alfabetização”, ironizou.