Estadão Conteúdo - O líder do Governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta terça-feira (21) que, não haverá tempo para votar a reforma da Previdência entre os senadores neste ano. “A Câmara votando este ano, a Previdência vai para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no Senado e, pelo prazo, não dará para votar ainda este ano.
Se votará no início do ano que vem, combinado com os líderes partidários e o presidente Eunício (Oliveira)”, disse Jucá.
O senador afirmou que a reforma da Previdência visa à contenção de privilégios, mas não deu detalhes do texto patrocinado pelo governo Michel Temer.
LEIA TAMBÉM » Maia admite que está longe dos 308 votos para aprovar reforma da Previdência » Maia sai em defesa da reforma da Previdência e critica Lula. ‘Fez mais um discurso populista’ O peemedebista vinculou as trocas ministeriais à busca por votos na Previdência e à formação de um bloco partidário governista para disputar as eleições do ano que vem.
Ele negou que Temer esteja promovendo substituições no Ministério das Cidades e na Secretaria de Governo apenas para agradar ao Centrão - composto por partidos como PSD, PP, PR, PRB e PTB. » Maia quer votar reforma da Previdência no dia 6 “O presidente está compondo um entendimento com esses diversos partidos no sentido de construir uma votação que aprove a Previdência.
Não há fato mais relevante para o governo agora do que tentar reconstruir essa base que pode aprovar a Previdência e dar um passo além nas reformas que o Brasil está fazendo”, disse Jucá. “Não podemos fazer uma política individualizada por partidos.
Temos que fazer política pela base, pelo grupo que vai comandar o País até o fim de 2018 e disputar as eleições.
Esse bloco, esse grupo de partidos precisa estar representado e trabalhando harmonicamente.
Um partido é menos importante do que o conglomerado, do que a união de todos esses partidos.” » Empurrar responsabilidade da Previdência para Congresso não ajuda, diz Maia » Para votar Previdência, relator diz que Temer precisa mudar ministérios Ele afirmou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), responsável por indicar no futuro ministro das Cidades, o deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO), “precisa ter um espaço político diferenciado”.
Ele negou que as consultas a Maia tenham despertado insatisfações no presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). “Não vejo problema na Câmara nem no Senado quanto à montagem de governo. É até uma montagem provisória.
Os candidatos que desincompatibilizarão terão que sair até o dia 7 de abril e até lá outros ajustes poderão ser feitos.” Jucá disse que a bancada do PMDB na Câmara está sendo consultada sobre os nomes indicados para a Secretaria de Governo para “chegar a um nome de consenso que ajude a construir a votação da reforma da Previdência”.
O atual titular, deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), deve deixar o cargo por pressão do Centrão.