A um ano de provavelmente voltar a disputar a presidência com o ex-presidente Lula (PT), doze anos após ter sido derrotado pelo petista, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (20) que “cada eleição é uma eleição”. “O PT naquela época estava com tudo, hoje é um desastre completo”, disse, em entrevista à Rádio Jornal.
Alckmin frisou que há 13 milhões de desempregados que, na avaliação dele, vêm dos governos do Partido dos Trabalhadores.
Alckmin lembrou que, em 2006, não teve uma diferença percentual tão grande em relação ao ex-presidente Lula no primeiro turno.
Enquanto o petista teve 48,61% dos votos válidos, ou 46,66 milhões de votos, ele teve 41,64%, ou 39,97 milhões de votos, mas no segundo o tucano perdeu espaço e Lula conseguiu passar dos 60%, alcançando 58 milhões de votos.
LEIA TAMBÉM » Após visita a Renata, Alckmin diz que aliança é ‘tema mais para a frente’ » Moradores do Pilar aproveitam visita de Alckmin, ‘homem de São Paulo’, para cobrar moradia » Bruno Araújo ‘pula’ encontros de Alckmin com Renata e Jarbas A maior vitória de Lula em 2006 foi no Nordeste, onde conseguiu 77,14%, contra 22,86% de Alckmin.
O tucano acredita em um resultado melhor na região. “Vou percorrer a região”, afirmou.
Na agenda política em Pernambuco desde o domingo (19), Alckmin tem tentado colar a sua imagem no Nordeste a partir da transposição do Rio São Francisco, defendendo também a revitalização.
O tucano tem enfatizado que cedeu bombas da Sabesp, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, para que o eixo leste da obra fosse entregue. » No Recife, Alckmin usa transposição para colar imagem no Nordeste » Jarbas diz no Recife que apoia Geraldo Alckmin para 2018 Desta vez, atrás de Lula, Jair Bolsonaro (PSC) e Marina Silva (Rede) nas pesquisas, Alckmin minimizou e lembrou o caso do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que iniciou a campanha com cerca de 5% das intenções de voto e acabou vencendo ainda no primeiro turno. “Os argumentos da nova eleição nem começaram.” » Alckmin defende autonomia de Suape, prometida por Temer » Queremos aliança com o PSB, mas não depende só de nós, diz Alckmin » Alckmin diz que não precisa ser presidente do PSDB para atuar por unificação “Não quero ser candidato para derrotar Lula nem para derrotar Bolsonaro, quero ser candidato para mudar o Brasil”, afirmou ainda.
Questionado se acredita que o petista pode não disputar por causa dos processos que enfrenta na Operação Lava Jato, com uma condenação e mais seis denúncias, disse: “Não tenho razão para não querer que ele participe”.
Alckmin ainda se colocou como de centro, entre o petista, que está à esquerda, e o deputado, à direita. “Radicalismos não estão com nada.
Precisamos de construtores, chega de gladiadores”, disse.