Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (20), pelo Ministério do Trabalho (MTb), mostram que, entre os estados e Distrito Federal, houve 22 saldos positivos no Caged de outubro.

Alagoas liderou a expansão, com aumento de 4,93%, equivalente a um saldo de 16.393 empregos, seguido por São Paulo, com crescimento de 0,09% e saldo de 11.349 novos vínculos, e Pernambuco, que teve alta de 0,70% graças à geração de 8.718 novos postos.

Santa Catarina puxou o bom desempenho da Região Sul, com crescimento de 0,43%, equivalente a 8.611 vínculos empregatícios, e o Rio Grande do Sul voltou a ter saldo positivo, com abertura de 8.084 novas vagas, um crescimento de 0,32%.

Também se destacaram Sergipe, com saldo de 5.491 postos (+1,93%); Paraná, com a criação de 4.749 novas vagas (+0,18%); e Minas Gerais, que teve saldo positivo de 4.509 vínculos empregatícios (+0,11%).

Segundo os dados do Caged, só cinco unidades da Federação tiveram retração no saldo de empregos em outubro.

Foram eles o Rio de Janeiro (-0,11%), Goiás (-0,14%), Acre (-0,26%) e Amapá (-0,07%) e Bahia, com redução de somente 36 vagas.

O Caged também mostrou que, no mês de outubro, o salário médio de admissão no País foi de R$ 1.463,12, enquanto o salário médio de demissão foi de R$ 1.675,95.

No acumulado de 12 meses, os ganhos reais (descontada a inflação pelo INPC) do salário médio de admissão foram de R$ 53,12 (+3,8%), enquanto no salário de demissão, chegam a R$ 65,75 (+4,1%).

Já para o mês de outubro houve uma leve redução nos ganhos reais, de R$ 16,77 (-1,1%) no salário de admissão e de R$ 11,38 (-0,7%) no salário de demissão, em relação aos salários do mês de setembro de 2017.

Situação do emprego por setores O crescimento do mercado formal em outubro foi puxado por três setores – Comércio, Indústria da Transformação e Serviços. “São setores que já vinham registrando números positivos.

O crescimento destacado do Comércio já reflete, também, o otimismo e o aumento da produção da Indústria verificados em meses anteriores”, lembrou o ministro Ronaldo Nogueira.

O saldo positivo do Comércio chegou a 37.321 novos postos, alta de 0,42% em relação ao estoque de empregos de setembro.

Desse saldo, 30.183 novas vagas foram geradas pelo Comércio Varejista e 7.138, pelo Comércio Atacadista.

A Indústria de Transformação veio logo após, com 33.200 novas vagas no mês (+0,45%), registrando expansão em 11 dos 12 subsetores da atividade industrial.

Destacaram-se a Indústria de Produtos Alimentícios, Bebidas e Álcool Etílico (20.565 empregos); Indústria Têxtil do Vestuário e Artefatos de Tecidos (2.235); Indústria Química de Produtos Farmacêuticos, Veterinários, Perfumaria (2.080); Indústria da Madeira e Mobiliário (2.080 empregos); Indústria Mecânica (1.916 postos); Indústria do Material Elétrico e de Comunicações (1.310 vínculos); e a Indústria do Papel, Papelão, Editorial e Gráfica (1.003 vínculos empregatícios).

O setor de Serviços registrou 15.915 novos empregos formais (+0,09%).

Cinco dos seis subsetores de Serviços tiveram saldo positivo: Comércio e Administração de Imóveis, Valores Mobiliários, Serviço Técnico (7.628 postos de trabalho); Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários (4.694); Transportes e Comunicações (2.540); Ensino (842 postos formais); e Serviços de Alojamento, Alimentação, Reparação, Manutenção, Redação (293 vínculos).

Os recuos de outubro foram verificados nos setores da Construção Civil (-4.764 postos de trabalho), Agropecuária (-3.551), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-729), Extrativa Mineral (-532) e Administração Pública (-261).

O saldo de empregos formais no Brasil atingiu o melhor resultado deste ano, com a abertura de 76.599 novas vagas no mês de outubro.

Este foi o oitavo saldo positivo de 2017 e o sétimo consecutivo no ano, elevando o acumulado desde janeiro para 302.189 novos postos de trabalho.

Também foi o melhor resultado do mês de outubro desde 2013, quando o Caged registrou saldo de 94,8 mil empregos. “São números que nos dão ainda mais certeza de que as medidas adotadas pelo governo colocaram o Brasil de volta nos trilhos do crescimento econômico”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.