Após faltar o primeiro dia de agenda do governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência em 2018 pelo PSDB, Geraldo Alckmin, no Recife, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) apareceu, nesta segunda-feira (20), em um evento que reuniu empresários promovido pelo Lide Pernambuco e articulado pelo presidente estadual da sigla, Bruno Araújo, com quem tem protagonizado embates.
O parlamentar já havia dito que o ex-ministro das Cidades queria fazer um ‘puxadinho’ do governo Michel Temer (PMDB) em Pernambuco.
Questionado se acalmaria os ânimos após a saída de Araújo no ministério, Daniel Coelho afirmou que o enfrentamento não é pessoal mas que há uma divergência de opiniões.
LEIA TAMBÉM » Bruno Araujo criticou Daniel Coelho, nos bastidores da convenção do PSDB » Joaquim Francisco é escalado para rebater Daniel Coelho, com elegância » Daniel Coelho cobra a Bruno Araújo informações financeiras do PSDB Daniel ainda afirmou que a saída de Bruno do ministério não é um desligamento entre o tucano e o presidente, mas que o futuro do PSDB será decido na convenção nacional do partido no próximo dia 9. “Não é um rompimento dele com Temer.
O partido continua no governo.
Ele saiu do governo.
Mas acho que a gente tem que aguardar o dia 9 porque é um entendimento sobre o que é o PSDB.
Ainda é muito confuso a gente poder opinar sobre a posição do partido”, declarou durante o evento promovido pela Lide Pernambuco. “Temos que aguardar a convenção nacional do dia 9 para saber qual o quadro do partido e se o novo presidente nacional do partido vai ter interesse de fazer do partido aqui uma coisa ampla, com a participação de todos”, disse o parlamentar. » Daniel Coelho abandona convenção do PSDB e denuncia perseguição por conta de posição contra Temer » Bruno quer fazer do PSDB um puxadinho de Temer, afirma Daniel Coelho “Dia 9 tem convenção o partido escolhe caminho, e a partir da escolha de caminho vai ter consequência de locais e nacionais”, finalizou.
Daniel Coelho é um dos integrantes da ala dos “cabeças pretas” que defendem a saída do PSDB do governo peemedebista.
O tucano já protocolou três pedidos a Bruno Araújo.
O tucano, que queria se tornar tesoureiro no Estado, cobrou dados sobre a movimentação financeira e os extratos bancários nos últimos dois anos. » No Recife, Alckmin usa transposição para colar imagem no Nordeste Ao perder o cargo que queria para Joaquim Neto, prefeito de Gravatá, Daniel Coelho afirmou ter sido alvo de perseguição por causa do posicionamento nacional, em que defende o desembarque do PSDB do governo Temer.
No dia da convenção, em que o deputado discursou em tom de denúncia, provocando gritos de “Fora Temer”, Bruno afirmou que ele não poderia ser tesoureiro porque vai se candidatar no ano que vem.