No Recife para agenda política de dois dias, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), esteve neste domingo (19) na casa da ex-primeira-dama Renata Campos, viúva de Eduardo Campos e influente no PSB.

Ao deixar a casa dela, que é cotada a ser sua vice, o tucano afirmou que a aliança com os socialistas “é um tema mais para a frente”.

Além de Renata, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), também esteve no encontro.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), está nos Estados Unidos e Alckmin saiu de lá para se reunir com o vice, Raul Henry (PMDB) e com o deputado federal Jarbas Vasconcelos, também peemedebista.

Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem O tucano deixou a casa de Renata falando sobre Miguel, o filho mais novo dos cinco dela e de Eduardo Campos, que tem 3 anos, e que ganhou um bolo de rolo.

Articulador da visita do governador, o deputado federal Bruno Araújo, agora ex-ministro das Cidades, está na oposição a Paulo e não participou do encontro.

Mais cedo, Alckmin afirmou que quer aliança com o PSB, mas que não depende apenas dele.

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Com o PSDB na oposição em Pernambuco desde as eleições de 2016, quando os tucanos foram expulsos do governo Paulo Câmara, os socialistas ensaiam se reaproximar dos petistas, tradicionais adversários dos tucanos. “Não tenho informações sobre isso, mas independente de qualquer coisa tenho muito apreço pelo PSB”, afirmou.

Foto: Leo Motta/JC Imagem O rompimento entre PSB e PT, dois aliados históricos foi em 2013, quando Eduardo Campos decidiu se candidatar à presidência - um ano antes, os dois já haviam quebrado a aliança no plano municipal, no Recife.

Em 2014, o PSB apoiou Aécio Neves (PSDB) no segundo turno.

Foto: Leo Motta/JC Imagem Os socialistas já têm Márcio França como vice-governador de Alckmin em São Paulo e anunciaram a pré-candidatura dele ao cargo que hoje é dos tucanos. “Cada partido quer ter candidato próprio, seja a governador, a prefeito”, afirmou. “Nós respeitamos os partidos.

Quem não tiver candidato a presidente, se nós pudermos fazer aliança trabalharmos juntos, será positivo.” Alckmin tratou a visita como uma “cortesia” pela amizade que tinha com Eduardo Campos. “Também perdi um filho em um acidente aeronáutico.

Portanto, é uma visita de carinho.

Essas conversas partidárias, enfim… a de hoje é uma conversa de amigo e admirador.

A de hoje é uma visita de amigo e admirador.”