Equipes técnicas do Ministério da Integração Nacional abriram nesta sexta-feira (17) as comportas do reservatório Muquém, no eixo leste da transposição do rio São Francisco.
Assim, a expectativa é de que em 30 dias cerca de 30 mil moradores de Floresta, no Sertão pernambucano, recebam a água, oito meses após a inauguração desse trecho da obra.
Apesar de cerca de 200 quilômetros de canais cortarem o Estado, até agora a única cidade atendida é Sertânia, onde 35 mil pessoas são beneficiadas.
Na Paraíba, cerca de um milhão de pessoas são atendidas.
Faltam obras complementares como o Ramal e a Adutora do Agreste.
LEIA TAMBÉM » Bomba da transposição é roubada e ministério suspeita de comerciantes em depredação » Ministro religa bombas da transposição inauguradas por Dilma em Pernambuco » Governo estuda privatizar transposição do São Francisco » Um ano depois, obras são retomadas no eixo norte da transposição Para chegar a Floresta, a água passará por 80 quilômetros.
O açude Muquém vai disponibilizar a água da transposição ao Riacho Vassoura, que a conduzirá até a barragem Barra do Juá.
De lá, o rio São Francisco irá perenizar o Riacho do Navio até chegar à cidade.
Sem a presença do ministro Helder Barbalho, o representante da pasta, Antônio de Pádua, secretário de infraestrutura, exaltou o senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho, filiado recentemente ao PMDB e apoiador do governo Michel Temer.
O parlamentar esteve à frente da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff (PT), quando era do PSB e socialistas apoiavam os petistas.
Foto: Divulgação O eixo leste foi entregue em março, em cerimônia com Temer em Monteiro, na Paraíba.
A cerimônia demonstrou a briga pela paternidade da transposição, iniciada em 2007, no governo Lula (PT), porque dias depois o petista esteve no local fazendo um ato político para também marcar o início do funcionamento.
A obra foi inaugurada com sete anos de atraso.
Foto: Beto Barata/Presidência da República - Foto: Beto Barata/Presidência da República Helder Barbalho ao lado de Temer e Paulo Câmara, na assinatura da ordem de serviço para a elaboração do projeto do Ramal do Agreste (Foto: Beto Barata/Presidência da República) - Helder Barbalho ao lado de Temer e Paulo Câmara, na assinatura da ordem de serviço para a elaboração do projeto do Ramal do Agreste (Foto: Beto Barata/Presidência da República) Foto: @MichelTemer/Divulgação - Foto: @MichelTemer/Divulgação Foto: @MichelTemer/Twitter - Foto: @MichelTemer/Twitter Foto: @MichelTemer/Twitter - Foto: @MichelTemer/Twitter Foto: @MichelTemer/Twitter - Foto: @MichelTemer/Twitter Foto: @MichelTemer/Twitter - Foto: @MichelTemer/Twitter » Técnicos da Chesf agora querem operar transposição do São Francisco e perímetros irrigados » População espera transposição, mas cobrança por consumo aflige » Paulo Câmara aceita divisão de custos da transposição e promete isentar mais pobres » MPF vai à Justiça por plano de segurança de barragens da transposição Há ainda o eixo norte, o maior e com mais atrasos no serviço.
Nele, a água é captada em Cabrobó, no Sertão pernambucano, e levada ao Ceará, passando por Rio Grande do Norte e Paraíba.
Esse trecho, porém, ficou com obras paradas por um ano, após atrasos, porque a construtora deixou a obra e a licitação foi envolvida em um imbróglio judicial.