Estadão Conteúdo - Por 39 votos a 19, a Assembleia Legislativa do Rio derrubou nesta sexta-feira (17) decreto de prisão contra presidente da Casa, Jorge Picciani, e outros dois parlamentares do PMDB, Paulo Melo e Edson Albertassi.

Os deputados estaduais foram presos nessa quinta-feira (16), por decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

Dependia da aprovação dos parlamentares a manutenção da ordem da Corte.

No entanto, um parecer pela revogação das cautelares emitido pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa foi endossado pelo plenário.

Presos em desdobramento da Operação Lava Jato, eles são investigados por crimes conexos com as demais fases das investigações no Rio: Saqueador, Calicute, Eficiência, Quinto do Ouro e Ponto Final.

LEIA TAMBÉM » Por 4 a 2, CCJ da Alerj vota pela soltura de Picciani, Melo e Albertassi » Jorge Picciani, presidente da Alerj, é preso pela PF no Rio Segundo a Polícia Federal, a investigação aponta a existência de clara atuação legislativa desses parlamentares em favor dos interesses da Fetranspor, indicando também uma grande evolução patrimonial dos envolvidos desde que ingressaram na atividade política; e incompatível com os rendimentos inerentes aos cargos ocupados.

A Receita Federal também auxiliou nas investigações.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil A família Picciani foi um dos alvos do acordo de leniência da Carioca Engenharia em abril do ano passado.

A matemática Tania Maria Silva Fontenelle, ligada à empreiteira, afirmou que comprou vacas superfaturadas da empresa Agrobilara Comércio e Participações Ltda para “gerar dinheiro em espécie” para a empreiteira.

A Agrobilara pertence à família Picciani. » Empresa de Picciani fez até ‘terceirização’ de lavagem de dinheiro, diz MP » PF faz operação para prender filho de Picciani; MPF quer cúpula da Alerj “Agrobilara Comércio e Participações LTDA, mediante a compra, por empresa do grupo da Carioca Engenharia, de animais bovinos com preços superavaliados; que os animais (vacas) foram efetivamente entregues, porém parte do valor pago foi devolvida em espécie à Carioca Engenharia”, afirmou Tania.

A executiva ligada à Carioca afirmou que “simplesmente atendia as solicitações de obter dinheiro em espécie e entregava a quem fazia a solicitação ou a pessoas da empresa por eles indicadas” “Obviamente sabia que a destinação dessas quantias era ilícita, para corrupção ou para doação eleitoral não-declarada; que, entretanto, não manteve contabilidade ou controle disso, pois estava há muitos anos na empresa, tinha a confiança dos acionistas e eram recursos não oficiais que normalmente entregava aos solicitantes”, declarou.