O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), ironizou nesta terça-feira (14) a saída do também pernambucano Bruno Araújo (PSDB) do Ministério das Cidades.

O petista avaliou o movimento como um “gesto clássico de oportunismo”. “O que ele fez foi pular do barco para tentar salvar a própria pele”, afirmou.

O tucano justificou na carta de demissão que deixou o cargo por não ter apoio do partido e depois acrescentou que momento é de reunificar a bancada do PSDB.

LEIA TAMBÉM » Bruno Araújo anuncia saída do governo Michel Temer » Antes de deixar cargo, Bruno Araújo levou Raquel Lyra a Brasília » PP reivindica comando do Ministério das Cidades, que era de Bruno Araújo “Bruno Araújo tinha sido convocado pela base do governo a prestar explicações na Câmara sobre sua atuação na pasta.

Estava sem apoio nenhum para seguir”, afirmou Humberto Costa.

O convite da bancada do PMDB na Casa foi para que ele explicasse por que repassou mais verbas para Pernambuco, seu reduto eleitoral, do que para outros estados. À Rádio Jornal, o ministro explicou que a prioridade era de locais que tivessem recebido menos investimentos nos anos anteriores. » Saída de Bruno contribui para ‘apaziguar ânimos’ no PSDB, diz Betinho » Temer anula indicação de tucano para posto de vice-líder na Câmara » Bruno Araújo diz que momento é de unificar bancada do PSDB O petista ainda citou o racha interno no PSDB.

No plano nacional, o partido está dividido entre os que apoiam o presidente Michel Temer (PMDB) e os que querem o desembarque do governo.

No Estado, o problema aumenta para a disputa entre Bruno Araújo, presidente do partido, e o deputado federal Daniel Coelho (PE), que tem feito críticas a ele. “Além disso, tem sérios problemas em casa.

Em Pernambuco, o PSDB repete o cenário do nacional: está implodindo na briga entre aqueles que seguem agarrados a Temer e os que querem se livrar desse cadáver insepulto, de olho nas eleições do ano que vem”, disse Humberto Costa. » Bruno Araújo diz que campanha de Elias Gomes fortalece o PSDB » Reforma ministerial de Temer deve diminuir espaço do PSDB » Bruno Araújo reconhece que não fica até março no ministério O petista ainda avaliou que, mesmo que deixe o governo Temer, o PSDB não vai desvincular sua imagem da do peemedebista.

Hoje, mesmo com a saída de Bruno Araújo, ficaram Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos). “É óbvio que a entrega de cargos, se ocorrer, será formal.

O PSDB continuará com Temer, votando com Temer, ganhando cargos, emendas e benesses para seguir na base desse governo nefasto. É um partido sem projeto para o Brasil, que está morrendo mergulhado em querelas internas”, afirmou o líder da oposição. “Aécio Neves e sua turma são os responsáveis por Temer e pela destruição do Brasil.”