Após pedir demissão do Ministério das Cidades alegando falta de apoio do PSDB para se manter no cargo, Bruno Araújo afirmou nesta terça-feira (14), em entrevista à Rádio Jornal, que nova fase é de reconstruir a unidade dentro do partido. “Momento agora é de construir uma unidade interna até dezembro para apresentar um nome ao País”, afirmou o pernambucano, que defende a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à presidência em 2018.

Araújo vai trazer Alckmin a Pernambuco no próximo domingo (19).

LEIA TAMBÉM » Bruno Araújo anuncia saída do governo Michel Temer » Antes de deixar cargo, Bruno Araújo levou Raquel Lyra a Brasília » PP reivindica comando do Ministério das Cidades, que era de Bruno Araújo » Saída de Bruno contribui para ‘apaziguar ânimos’ no PSDB, diz Betinho Em sua carta ao presidente Michel Temer (PMDB), Araújo lembrou que foi indicado pelo partido, mas que não encontrou apoio para seguir na vaga. “Não existia dentro da bancada suporte suficiente para dar sequência a essa tarefa”, afirmou na entrevista. “Vi ao longo do processo esse tamanho de apoio ao governo Temer desidratar”, relatou. “Ficou claro que para manter o mesmo nível de relação, de construção era hora de deixar o governo.” A bancada do PSDB hoje está dividida entre os que querem o desembarque da base de Temer e os que defendem a manutenção do apoio ao presidente.

A decisão sobre a permanência no primeiro escalão deve ser tomada no dia 9 de dezembro, na convenção nacional do partido.

Mesmo sem Araújo, os tucanos continuam com três nomes: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).