Estadão Conteúdo - Dono da quarta maior bancada da Câmara, com 45 deputados, o PP reivindica o Ministério das Cidades e quer indicar para o posto o atual presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Gilberto Occhi.
O titular da pasta, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), pediu demissão do posto nesta segunda-feira (13).
O argumento foi o de não ter mais apoio entre os demais tucanos para continuar no posto.
O PP reivindica o comando de Cidades por ser um das pastas de maior capilaridade política.
Integrante do chamado Centrão, grupo do qual também fazem parte PR, PTB e PSD, a legenda encabeça pressão para que Temer faça uma reforma ministerial para diminuir o espaço do PSDB no governo.
LEIA TAMBÉM » Bruno Araújo anuncia saída do governo Michel Temer » Reforma ministerial de Temer deve diminuir espaço do PSDB » Bruno Araújo reconhece que não fica até março no ministério Filiado ao PP, Occhi já foi ministro das Cidades durante o segundo mandado da presidente cassada Dilma Rousseff (PT).
Ele ficou no cargo entre março de 2014 e abril de 2016, véspera da votação do impeachment da petista na Câmara.
De perfil técnico, ele é homem de confiança do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e sua indicação agradaria a bancada da sigla no Congresso Nacional.
Como não pretende disputar as eleições de 2018, Occhi não precisaria deixar o ministério em abril. “Estou num projeto de fortalecer a Caixa, mas sou soldado”, afirmou Occhi à reportagem antes do pedido de demissão de Araújo. » ‘Saída do PSDB do governo é descaramento, oportunismo eleitoral e covardia’, diz Humberto Costa » Bruno Araújo aguarda executiva do PSDB para decidir se permanece no governo » De olho em 2018, Bruno Araújo vai trazer Alckmin para Pernambuco » Bruno quer fazer do PSDB um puxadinho de Temer, afirma Daniel Coelho Antes de anunciar que deixaria o cargo, Bruno Araújo participou de evento com Temer.
A cerimônia foi para a entrega do primeiro Cartão Reforma e o ministro levou a aliada Raquel Lyra, prefeita tucana de Caruaru.
Veja fotos: Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Henrique Meirelles (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República) - Henrique Meirelles (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República) Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Articulação política Temer cogita fazer uma reforma ministerial em busca de apoio para aprovar a reforma da Previdência, considerada a principal aposta do governo.
Além do Centrão, o próprio PMDB, partido do presidente da República é filiado, cobra que Temer diminua o tamanho do PSDB.
A sigla comanda três ministérios: Relações Exteriores, Secretaria de Governo e Direitos Humanos. » ‘Doria sabe que hoje não é candidato a presidente’, diz Bruno Araújo » Daniel Coelho cobra a Bruno Araújo informações financeiras do PSDB » Maia evita comentar problemas do PSDB ‘porque são todos amigos’ A bancada do PMDB, por exemplo, já avisou a Temer que quer o comando da Secretaria de Governo, pasta responsável pela articulação política.
Peemedebistas nunca aceitaram o fato de Temer ter nomeado um tucano para o cargo, no caso, o deputado licenciado Antonio Imbassahy (PSDB-BA).
Segundo um influente parlamentar do PMDB, a bancada quer indicar alguém que não vá concorrer a eleição de 2018, para que fique no cargo até o fim do próximo ano.
Leia a carta de demissão de Bruno Araújo