O pernambucano Bruno Araújo, do PSDB, anunciou nesta segunda-feira (13) a sua saída do Ministério das Cidades, alegando falta de apoio do partido para permanecer na pasta.

Antes disso, porém, levou a aliada Raquel Lyra, prefeita tucana de Caruaru, no Agreste do Estado, para discursar em Brasília.

Os dois participaram da cerimônia de entrega do primeiro Cartão Reforma, que havia sido marcada inicialmente para julho, no município, com participação do presidente Michel Temer (PMDB).

LEIA TAMBÉM » PP reivindica comando do Ministério das Cidades, que era de Bruno Araújo » Bruno Araújo anuncia saída do governo Michel Temer Sem a visita de Temer, Lyra levou moradores de Caruaru a Brasília.

Em seu discurso, a prefeita, que era do PSB e se filiou ao PSDB no ano passado para disputar a eleição, falou sobre as dificuldades das prefeituras para captar recursos dos governos estaduais e federal, mas elogiou a iniciativa da gestão do aliado.

Bruno Araújo também se pronunciou e, antes do anúncio oficial da saída, falou em legado do governo Temer na área de habitação.

Inicialmente, Temer havia marcado a visita a Caruaru para agradar Bruno Araújo e, consequentemente, a bancada tucana antes da votação da primeira denúncia na Câmara dos Deputados.

Já com a divisão dos deputados em relação ao apoio ao presidente, o Centrão já cobrava o cargo do pernambucano, que é uma pasta com orçamento gordo por ter programas como o Minha Casa Minha Vida e pode levar a uma maior visibilidade a um ano das eleições.

Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Henrique Meirelles (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República) - Henrique Meirelles (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República) Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República - Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República Têm direito ao benefício as famílias com renda de até três salários mínimos, o que equivale a R$ 2,8 mil.

O benefício é de uma média de R$ 5 mil para reparos em casa, mas pode chegar até o teto de R$ 9 mil.

De acordo com o programa, a mão de obra é responsabilidade das famílias, que contarão com assistência técnica paga pelo governo federal e gerida por estados e municípios para o planejamento das reformas.

Municípios de cinco estados - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Alagoas e Pernambuco - terão acesso primeiro ao Cartão Reforma.

Todos foram atingidos por enchentes e tiveram de decretar situação de calamidade pública este ano.

Depois outros 1.923 municípios poderão ingressar no programa, mas a data ainda não foi divulgada.

Divisão no PSDB e cobranças do Centrão Em agosto, 22 tucanos votaram a favor de Temer e 21 contra.

A pressão só aumentou de partidos como o PP pela pasta das Cidades, até que no mês passado foram 23 votos a favor e 21 contra, na segunda denúncia, e aumentaram as especulações sobre o adiantamento da reforma ministerial. » Reforma ministerial de Temer deve diminuir espaço do PSDB » Bruno Araújo reconhece que não fica até março no ministério As mudanças no primeiro escalão estavam previstas só para março ou abril, quando os ministros que vão disputar eleições em 2018 já teriam que deixar os cargos.

As reivindicações da base em meio à tentativa de aprovar a reforma da Previdência devem levar, porém, a uma antecipação para dar mais espaço aos partidos do Centrão, mais fiéis ao presidente.

Mal a cadeira de Bruno Araújo esfriou, o PP já reivindica o espaço para o atual presidente da Caixa, Gilberto Occhi, que foi ministro no segundo governo Dilma Rousseff (PT).

Apesar da saída do pernambucano, permanecem no governo três ministros do PSDB: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

Também ficaram três representantes do Estado no primeiro escalão: Fernando Filho (Minas e Energia, que deixou o PSB e vai para o PMDB), Mendonça Filho (Educação, do DEM) e Raul Jungmann (Defesa, do PPS).