A Controladoria-Geral do Estado (CGE) divulgou uma nota em que questiona a Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a Operação Prontidão, após a Polícia Federal (PE) informar que o Governo do Estado não prestou contas das licitações supostamente fraudadas que atenderiam com recursos emergenciais os municípios da Mata Sul Estado, vítimas das enchentes em maio de 2017.

Contudo, a CGE esclareceu que em setembro deste ano houve uma reunião com a CGU em que foram repassadas informações sobre o caso.

Durante a coletiva sobre a Operação Torrentes nessa quinta-feira (9), a Polícia Federal (PF) explicou que a CGU tentou fazer uma fiscalização de monitoramento online desde junho até agora para investigar os recursos enviados da União para o Estado Sobre as licitações supostamente fraudadas.

No entanto, a PF afirmou que não foram encaminhados todos os documentos - faltavam as informações sobre os pregões, por exemplo, segundo os investigadores - e que a Casa Militar informava que iria entregar à CGE. “Quem faz fiscalização de verba pública é a CGU, que é o órgão federal”, disse a polícia.

LEIA TAMBÉM » Nova fase da Operação Torrentes investiga ações após enchentes de 2017 » Quebra de registros telefônicos ligou coronel preso pela PF ao PSB » Secretário-executivo e coordenador da Casa Militar são presos em operação da PF Na nota, a CGE informou que teve uma reunião com representantes da CGE, da Casa Militar, da Secretaria de Planejamento e da Controladoria-Geral da União, no dia 29 de setembro, na sede da Controladoria Estadual, quando foram repassadas informações além das solicitadas pela Controladoria-Geral da União. » PF mira Casa Militar em operação contra suposta fraude em contratos após enchentes de 2010 Foto: Jessica Lima/Rádio Jornal O CGE ainda informou que a solicitação da CGU foi feita em 12 de setembro de 2017 e que a demanda foi encaminhada também para a Casa Militar, sendo atendida pelos órgãos do Executivo Estadual.

O governo finalizou se colocando à disposição para prestar esclarecimentos. » Em dia de operação da PF em Pernambuco, sessão da Alepe dura 11 minutos » Com Casa Militar na mira da PF, governo diz que ação é ‘desproporcional’ “O Governo de Pernambuco reforça seu compromisso com a transparência e a com o povo pernambucano, se colocando sempre à disposição de todos os órgãos para prestar todos os esclarecimentos necessários aos órgãos de controle”, afirmou a controladoria estadual em nota.