O deputado estadual Joel da Harpa (Podemos) afirmou que vai encaminhar um ofício na próxima segunda-feira (13) à Corregedoria de Defesa Social pedindo a investigação dos coronéis presos temporariamente na Operação Torrentes.
O parlamentar foi expulso da Polícia Militar em agosto, acusado de quebrar o decoro da categoria - o que nega -, e defende os oficiais poderiam ser enquadrados no mesmo artigo do Código Militar. “Quem maculou a imagem dos PMs foram os coronéis.
Tem que abrir processo urgente, tem que pedir a exclusão para ontem.
Se fosse um praça, já estava aberto”, afirmou Joel da Harpa.
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O que a gente tem na Corregedoria são coisas pequenas, absurdas, principalmente contra praças.
Muitas vezes por coisas pessoais que poderiam ser resolvidas na Justiça e, antes de qualquer decisão judicial, já abre processo.” Joel da Harpa opinou ainda que, em vez de ter sido levados para a Academia de Polícia Militar, em Paudalho, na Mata Norte, os três coronéis presos deveriam ter sido encaminhados ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed). “Quartel não é lugar de ficar preso”, afirmou. » Em dia de operação da PF em Pernambuco, sessão da Alepe dura 11 minutos » Ex-chefe da Casa Militar e ex-comandante da PM são ouvidos pela PF » Com Casa Militar na mira da PF, governo diz que ação é ‘desproporcional’ » Empresário preso na Operação Torrentes estava solto há um mês Os quatro oficiais presos foram submetidos a uma audiência de custódia na noite dessa quinta-feira (9).
Um deles, o tenente-coronel Laurinaldo Félix Nascimento, hoje coordenador administrativo da Casa Militar de Pernambuco, teve a prisão domiciliar decretada por precisar de tratamento médico já marcado em um hospital.
A decisão foi da juíza titular da 36ª Vara, Carolina Souza Malta, que concedeu os mandados cumpridos na operação.
Outro preso é o atual secretário-executivo de Defesa Civil, o coronel Fábio de Alcântara Rosendo.
Ele integrava a comissão de licitação em 2010.
Os outros coronéis da PM levados para Paudalho foram Waldemir José Vasconcelos de Araújo, secretário-executivo em 2010, e Roberto Gomes de Melo Filho, coordenador administrativo naquele ano.
A quebra dos registros telefônicos de Melo Filho, hoje gerente geral de Esportes e Lazer no governo Paulo Câmara, levou a Polícia Federal a um elo com o PSB.