Defensor da candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pelo PSDB à presidência da República em 2018, o ministro Bruno Araújo (Cidades) afirmou nesta sexta-feira (10) à Rádio Jornal que o nome do paulista é “algo internamente consolidado” entre os tucanos. “Doria sabe que hoje não é candidato a presidente, mas será um importante eleitor em São Paulo”, disse, minimizando a movimentação do prefeito João Doria, afilhado político de Alckmin, para se lançar na disputa.
A um ano das eleições, Araújo articula uma viagem do governador ao Nordeste, em busca de mais popularidade na região.
Alckmin deve visitar Pernambuco entre os dias 19 e 20, passando pelo Recife e pelas principais cidades do interior, Caruaru, no Agreste, e Petrolina, no Sertão. “É difícil a gente imaginar que uma liderança nacional está andando o País sem ter a intenção de consolidar sua posição nacional”, disse ao Blog de Jamildo após a participação na rádio. “É alguém reconhecidamente de integridade e a vida pública hoje clama por integridade”, afirmou o ministro. “A candidatura de Alckmin ativa algo que, bem ou mal, é fato do ponto de vista sociológico: a sociedade brasileira é mais nome e pessoa do que partido”, disse ainda.
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Segundo o Atlas da Violência, entre 2005 e 2015, São Paulo foi o estado com maior queda da violência, uma taxa de -44,3%.
Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem O tucano reconheceu que o racha no partido precisa ser resolvido até a disputa ser iniciada e prevê uma solução até a convenção nacional, marcada para 9 de dezembro.
Os correligionários terão que escolher para a presidência do partido entre Marconi Perillo, governador de Goiás e apoiado por Aécio Neves (MG), e Tasso Jereissati, senador pelo Ceará destituído nessa quinta-feira (9) pelo mineiro do cargo que ocupava interinamente.
Na prática, também escolhem entre um lado mais favorável ao governo Michel Temer (PMDB) e o contrário. “O partido agora foi ao fundo do poço em termos de divergências”, reconheceu Araújo. “Mas temos dois excepcionais candidatos e a possibilidade de Alckmin ser alguém que concilie a todos.
O PSDB vai se resolver”, disse ainda o ministro, que é presidente do partido em Pernambuco.