Agora presidente do PSDB em Pernambuco, o ministro Bruno Araújo (Cidades) está aparando as arestas com o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes.
Mesmo sem uma definição de nome da frente de oposição que tem formado com partidos como DEM e PTB, pelo menos em público ele afirma que a pré-candidatura anunciada por Elias ao Governo do Estado tem “autoridade”. “Quanto mais ele fizer a campanha dele mais ele fortalece o partido”, afirmou em entrevista à Rádio Jornal, nesta sexta-feira (10).
Para ele, por ter candidato nacional, o “PSDB vai ser levado a ter protagonismo em Pernambuco”.
Nas próximas semanas, porém, deve ter o primeiro encontro com as outras lideranças da frente de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB), formada também pelos senadores Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e pelos ministros Fernando Filho e Mendonça Filho (DEM). “Não estamos discutindo nomes”, minimizou.
O ex-prefeito e agora pré-candidato ao governo vinha, no último ano, fazendo diversas críticas ao ministro por causa do não cumprimento do acordo que o colocaria na presidência do partido no meio do mandato do deputado estadual Antônio Moraes à frente do PSDB.
Agora, Bruno Araújo tenta pacificar o partido.
O novo presidente do PSDB ainda tem um problema maior para contornar: as críticas do deputado federal Daniel Coelho, que, insatisfeito por não ter conseguido a tesouraria do partido, se disse vítima de uma perseguição pela posição nacional contra Michel Temer. “Botamos para a tesouraria alguém que não é candidato.
Não é desconfiança, é que dá tranquilidade a todos que são candidatos, no sentido do equilíbrio”, justificou Bruno Araújo.
Daniel pediu oficialmente os dados financeiros do partido nos últimos dois anos, quando o tesoureiro era Evandro Avelar.
O ministro afirmou que as informações estão sendo levantadas e rebateu: “Quem foi mais beneficiário nos últimos 12 anos foram as candidaturas a prefeito”.
O deputado se candidatou em 2016 e 2012 à Prefeitura do Recife. “Daniel é um grande quadro.
Todo o PSDB se juntou duas vezes para apoiar a candidatura dele.
Bancamos a decisão sobre a candidatura dele, foi a nossa decisão de bancar a candidatura de Daniel que nos afastou do governo Paulo Câmara”, afirmou. “O esforço é ciscar para dentro.
Vou ciscar para dentro para trazer Daniel.”