O senador Aécio Neves (PSDB-MG) destituiu nesta quinta-feira, 9, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) da presidência interina do PSDB.

Segundo nota divulgada pelo senador, o motivo é a “desejável isonomia” entre os candidatos que disputarão o comando da sigla em dezembro.

A candidatura de Jereissati foi oficializada ontem.

Ele deve ter como adversário na disputa o governador Marconi Perillo (PSDB-GO), que tem o apoio do grupo ligado a Aécio.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, posicionou-se sobre a decisão do senador de Minas Gerais e cacique tucano Aécio Neves, nesta quinta-feira, afastando o presidente interino Tasso Jereissati, do Ceará. “Eu não fui consultado.

E se fosse, teria sido contra, porque não contribui para a união do partido.”, disse o presidenciável do PSDB de São Paulo.

Até a disputa, o partido será presidido de forma interina pelo ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, que é o mais velho entre os vice-presidentes da sigla.

No PSDB de Pernambuco, a decisão do senador Aécio Neves também foi criticada pelo deputado Betinho Gomes. “A decisão unilateral do senador Aécio Neves de afastar o senador Tasso Jereissati da presidência nacional do PSDB foi agressiva e desrespeitosa com a história do partido e dos seus militantes.

O senador Aécio Neves não consultou as principais lideranças da legenda, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

No entanto, fez questão de consultar o presidente Michel Temer para tomar essa infeliz decisão.

Com essa atitude, reduziu o PSDB a um mero apêndice do presidente e do seu governo”.

Na opinião de Betinho Gomes, o episódio acabará sendo bom para o colega cearense. “Agora, é hora de criar um movimento para resgatar o PSDB e devolvê-lo aos militantes.

O senador Tasso Jereissati chegará forte da convenção nacional do partido, empunhando a bandeira da renovação e da mudança dentro do ninho tucano”.