Com uma nota de esclarecimento, a Prefeitura da Cidade do Recife reagiu às críticas dos médicos e a realização de uma parada de 48 horas. “A Prefeitura do Recife informa que realizou diversas reuniões de negociação com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e continua aberta ao diálogo.

Os médicos servidores do município tiveram ganhos cerca de 10% acima da inflação desde 2013.

Foram nomeados 764 novos médicos no período”, disse a PCR na nota oficial. “Com relação às condições de trabalho, a Prefeitura realizou, em apenas 5 anos, 200 milhões de reais de investimentos nas unidades de saúde, o que é mais do que os 10 anos anteriores.

Quase a totalidade dos sindicatos já fechou acordo este ano com a Prefeitura.

O Simepe é uma das poucas exceções”, acrescentou.

Nesta terça-feira, os médicos da rede municipal de saúde do Recife, junto ao Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), realizam paralisação de advertência de 48h nos serviços eletivos e ambulatoriais, prometendo preservar os trabalhos de urgência e emergência no município.

Eles prometem repetir a dose nos dias 21 e 22 deste mês, caso o impasse não se resolva em mesa de negociação. “Os profissionais cobram mais investimentos, condições de trabalho, medicamentos, um olhar mais cuidadoso por parte da Prefeitura do Recife”, disse a entidade. “Os profissionais já não aguentam mais tanto descaso e desrespeito; vivem rodeados de problemas: tetos caindo, falta de medicamentos e materiais, condições precárias por todo lado.

Trabalham com medo e sem a menor segurança.

A saúde do Recife está mancando há anos.

Vale frisar que a categoria está em mobilização há meses, período na qual foram dados vários prazos à gestão municipal, que não conseguiu apresentar uma proposta efetiva que atendesse às necessidades da rede de saúde.

Os médicos estão unidos e não vão desistir.

Por isso, o Simepe apresenta a todos a “GêJá”, a pomba manca da saúde do Recife e que simboliza, o calvário enfrentado por pacientes e profissionais de saúde.

Ela também é destaque do selo “GêJá” de falta de gestão”.