O ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse nessa segunda-feira (6), que vai aguardar a decisão da executiva do PSDB para decidir sobre sua permanência na equipe do presidente Michel Temer (PMDB). “Entrei no ministério a convite do presidente da República, no entendimento político de o PSDB contribuir para o avanço do País”, afirmou Araújo. “A gente vai continuar nesse mesmo entendimento, no relacionamento com o presidente e ouvindo o partido”, disse o tucano.
Ao comentar o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicado no jornal Estadão, no qual ele defende o desembarque do partido do governo Michel Temer, Araújo comentou que Cardoso tem “autoridade moral importante” no partido.
Ele avaliou que a questão foi levantada porque o partido irá discutir essa questão em dezembro, na reunião executiva. “Seguramente esse tema vai ser recorrente até lá”, disse.
LEIA TAMBÉM » Centrão cobra reforma ministerial para tirar PSDB » Bruno quer fazer do PSDB um puxadinho de Temer, afirma Daniel Coelho » De olho em 2018, Bruno Araújo vai trazer Alckmin para Pernambuco O partido já discutiu essa questão em outro momento, comentou. “Estramos no governo numa decisão política formal da executiva do PSDB”, disse.
Ele lembrou que a executiva foi novamente chamada para discutir o tema e, na ocasião, Fernando Henrique ratificou a posição, dizendo que o partido deveria contribuir para evitar uma paralisia do governo.
A nossa discussão, disse ele, se dará de forma “coletiva, aberta e transparente”, quando o PSDb “tiver clareza sobre quem o vai conduzir e dar um novo comando ao partido”. » ‘PSDB desses caras não é o meu PSDB’, dispara Tasso Jereissati Há pressões da base aliada por uma reforma ministerial, e a pasta das Cidades, comandada por Araújo, é das mais cobiçadas.
Ela tem sob responsabilidade o programa Minha Casa, Minha Vida que, segundo informações dadas nessa segunda-feira pelo ministro, deverá entregar perto de 500 mil unidades até o final de 2018. » Em defesa de Temer, Bruno Araújo diz que Brasil vai voltar a gerar emprego e esperança Dessas, 130 mil são para famílias de baixa renda que pagarão apenas 5% do valor do imóvel.
O ministro anunciou nesta segunda a contratação de 54.089 unidades para essa faixa, depois de dois anos com o programa praticamente parado por causa do excesso de unidades iniciadas no governo anterior sem que houvesse recursos para concluí-las.
As unidades autorizadas este ano envolvem investimentos de R$ 6,31 bilhões.
Informações do Estadão