O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reagendou para esta terça-feira (7), a partir das 14h30, a votação dos relatórios preliminares sobre as duas acusações contra Wladimir Costa (SD-PA).

O parlamentar é suspeito de assédio e de ter divulgado uma foto da filha de Maria do Rosário (PT-RS) usando roupas íntimas.

O deputado ficou conhecido após ter feito uma falsa tatuagem com o nome do presidente Michel Temer (PMDB) antes da votação da primeira denúncia contra o peemedebista.

O primeiro caso em análise no colegiado é da acusação de assédio a uma jornalista que o questionou sobre a homenagem.

O requerimento foi do PSB e é relatado por Laerte Bessa (PR-DF).

O partido afirma que, após um jantar na casa de Fábio Ramalho (PMDB-MG) na noite anterior ao arquivamento da denúncia contra Temer, Costa “cometeu ataques morais e de flagrante desrespeito à figura da jornalista”.

LEIA TAMBÉM » Deputado da tatuagem volta a se manifestar a favor de Temer » ‘Sumiu’, diz Wladimir Costa sobre tatuagem em homenagem a Temer » Deputado defende Temer, mas não mostra a tatuagem Questionado se poderia mostrar a tatuagem, afirmou: “para você, só se for o corpo inteiro”. “Em uma clara tentativa - fracassada, frise-se - de minimizar a situação, Wladimir Costa afirmou ’eu tenho várias tatuagens no corpo inteiro, amor'.

O descaramento da atitude do representado foi tamanho que ensejou o repúdio dos jornalistas e um pedido de desculpas dos deputados Mauro Pereira, do PMDB-RS, e Fábio Ramalho, do PMDB-MG, que demonstraram extremo constrangimento com o ocorrido.” Deverá ser colocado em votação também o parecer preliminar do deputado João Marcelo Souza (PMDB-MA), sobre representação apresentada pelo PT.

Nesse caso, Costa é acusado pelo deputado Jorge Solla (PT-BA) de ter divulgado no grupo no WhatsApp da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) uma foto da filha adolescente de Maria do Rosário usando roupas íntimas em uma manifestação afirmativa de direitos das mulheres, em uma montagem ao lado do filho de Jair Bolsonaro (PSC-RJ). “O representado objetiva divisar (em sede de comparação), em função da educação recebida pelos pais, as trajetórias e os sucessos entre a filha da deputada Maria do Rosário e o filho do deputado Jair Bolsonaro, de modo a destacar o êxito deste último”, afirma.

Solla diz que Wladimir Costa violou direitos fundamentais que estão na Constituição por desrespeitar “o direito à intimidade, à vida privada, à imagem e a honra” da adolescente e desqualificar a condição de mãe e de parlamentar da petista.

O parlamentar enfatizou ainda que a menina é menor de idade e que a divulgação da foto não seguiu o Estatuto da Criança e do Adolescente.