Após protagonizar um climão na convenção do PSDB na tarde desse domingo (5), o deputado federal Daniel Coelho afirmou que o ministro das Cidades e presidente da legenda em Pernambuco, Bruno Araújo, quer fazer do partido no Estado um “puxadinho” do presidente Michel Temer (PMDB). “Erro imenso de Bruno.
Ele não admite quem pense diferente.
Ele é ministro contra a posição dos parlamentares do PSDB”, avaliou durante entrevista à Rádio Jornal nesta segunda-feira (6).
A crítica do tucano é em relação a divisão do partido em se manter ou não no governo peemedebista.
Além do ministro Bruno, mais três tucanos integram o ministérios de Temer: Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valoir (Direitos Humanos).
LEIA TAMBÉM » Daniel Coelho abandona convenção do PSDB e denuncia perseguição por conta de posição contra Temer » Fernando Bezerra Coelho usa convenção do PSDB para alvejar Paulo Câmara Nesse domingo, Daniel Coelho abandou a convenção afirmando sofrer perseguição interna por conta de sua posição nacional, contrária à participação do partido no governo Temer.
O clima foi de desconforto porque além de Bruno, que é ministro de Temer, estava presente o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), aliado e pai do ministro de Minas e Energia, Fernando Filho.
Os dois ficaram em silêncio, enquanto parte da audiência puxava gritos de “Fora, Temer”. » Ao lado dos tucanos, Antônio Campos diz que Pernambuco pode ser mais forte De acordo com o deputado tucano, que ganhou destaque nacional como um dos cabeças pretas do Congresso Nacional, a perseguição ocorreu por causa de sua posição contrária à aliança do PSDB com o governo Temer. “Priorizam as composições políticas e esquecem as necessidades do povo. É a pura distribuição de cargos e de vantagens na busca dessa chamada governabilidade.
Existem pessoas no PSDB a continuar a lutar por essas bandeiras”, criticou Daniel.
Daniel Coelho chegou a afirmar que lutou para construir a unidade entre os tucanos locais que assistia uma disputa entre Bruno Araújo e Elias Gomes, mas que não teve sua “proporcionalidade respeitada” dentro de chapa única. » Elias Gomes se diz pré-candidato ao Governo de Pernambuco No fim do evento tucano, Daniel pediu a exclusão de seu nome da executiva estadual do partido. “Militarei dentro do partido, continuarei na executiva nacional, mas não quero participar de um acordo desta maneira como está colocada”, afirmou.