O advogado Antônio Campos, hoje no Podemos, depois de sair do PSB, foi prestigiar a convenção dos tucanos, sinalizando que o Podemos pode ter alguma aliança com o PSDB, oposição declarada a Paulo Câmara.
Mais do que isto, defendeu a união com os tucanos, no plano nacional, de modo a evitar o avanço de figuras autoritárias, sem nominar quais.
No discurso, o irmão de Eduardo Campos deu várias estocadas no ex-aliado Paulo Câmara.
Em dado momento, disse que não era momento de discutir ou entrar em rinhas políticas com pseudos continuadores de Eduardo Campos, em uma possível referência ao governador, eleito após a indicação do irmão Eduardo Campos. ‘Pernambuco vive uma grande crise de liderança”, arrematou “A mensagem do Podemos é a do diálogo de criar convergências para construir novos caminhos, pois Pernambuco pode ser mais forte e pode fazer muito mais!”.
O ex-governador João Lyra, outro desafeto de Paulo Câmara, também estava presente.
O deputado federal Jorge Corte Real representou o senador Armando Monteiro, do PTB.
Em um dos pontos destas críticas, o advogado defender uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para Pernambuco, no pós-Eduardo Campos. “O que nos une aqui é o poder do diálogo, matriz da verdadeira política, criando convergências, acima das diferenças, fazendo autocriticas para cada dia melhorar, pois o interesse nacional está acima dos interesses pessoais e mesmo partidários.
Podemos ter um Pernambuco mais forte e Pernambuco pode muito mais.
As bandeiras de 1817 continuam atuais e Pernambuco não faltará ao Brasil nesse momento desafiador com a sua importante contribuição.
Aqui, nas batalhas dos Guararapes, o Brasil tirou a sua carteira de identidade.
Precisamos recriar o cenário político do pós-Eduardo Campos, esse grande líder que soube unir os pernambucanos, que respeitamos e nos inspira a fazer a verdadeira política.
Agora, não é momento de discutir ou entrar em rinhas políticas com pseudos continuadores de Eduardo Campos, mas é o momento de criar e aglutinar as forças que farão um Pernambuco com mais desenvolvimento e paz social, criando um novo ambiente de confiança com o povo.
Pernambuco vive uma grande crise de liderança, mas tenho convicção que saberemos construir uma nova cena para o desenvolvimento de nosso Estado, quase paralisado, assombrado com a violência.
Podemos ter um Estado mais eficiente, com mais inclusão social, mobilidade, desenvolvimento e oportunidade para todos os pernambucanos.
Nesse diálogo entre os partidos e lideranças aqui presentes, no campo das oposições no Estado, que viram Eduardo como um líder que agregava e mostrava caminhos, mas que são forçados a ver hoje uma situação diferente no cenário político e no agravamento da vida dos pernambucanos.
Podemos sim, criar um novo tempo para o nosso Estado”, discursou.