Um grupo de pescadores já havia realizado um ato público contra a nova obra de dragagem, no Complexo Portuário de Suape, na última terça-feira (31), na praia de Suape.
Membros da Colônia dos Pescadores Z-08 do Cabo, da Associação dos Pescadores e Pescadoras em Atividade do Cabo de Santo Agostinho, da Associação dos Moradores de Nova Tatuoca, além de pescadores e quilombolas do Associação Quilombola Ilha de Mercês, fizeram em percurso na praia e uma barqueata até a Ilha de Cocaia, onde estão sendo realizados os preparativos para o empreendimento.
Uma comitiva de Suape atendeu os pescadores, que solicitaram cópia de todos os procedimentos que dão viabilidade técnica, jurídica e ambiental para a dragagem para aprofundar o canal interno do Porto. “Também pedimos garantias de que essa obra não afetará a atividade pesqueira”, disse Laílson Evangelista, secretário da colônia Z-08.
Outra demanda do movimento foi a realização de audiências públicas do projeto de dragagem, bem como de outras obras, que possam ter incidência na sustentabilidade de Suape. “Nossa demanda é que todas as comunidades tradicionais da região participem desses debates, com a presença do Ministério Público Federal, de representantes do governo do Estado, e mesmo da sociedade civil.
Afinal, somos todos afetados pelos danos socioambientais provocados por esse tipo de empreendimento”, disse Evangelista.
A comitiva se comprometeu a levar a demanda dos pescadores para a diretoria de Suape e dar um retorno às solicitações até esta sexta-feira. “Se o complexo não concordar com as nossas reivindicações, ocuparemos permanentemente o canteiro de obras da dragagem, até temos clareza sobre as consequências dessa intervenção”, ameaçaram.