O site oficial do Senado está com uma consulta aberta sobre a Medida Provisória que adia para 2019 o reajuste dos servidores e aumenta a contribuição à Previdência, editada pelo governo Michel Temer (PMDB) esta semana.
Até esta sexta-feira (3), a maioria dos votos era contrária a decisão.
Há, até agora, 15.757 votos contra e apenas 386 a favor.
As mudanças estão em uma nova versão do Orçamento de 2018, que promete garantir R$ 12,6 bilhões extras no ano que vem com aumento de arrecadação e corte de despesas.
LEIA TAMBÉM » Servidores vão à Justiça e começam paralisações contra governo » Governo eleva alíquota previdenciária e adia reajuste salarial dos servidores Para aumentar a receita em 2018, o governo elevou a alíquota previdenciária dos servidores federais de 11% para 14% e adiou o reajuste deles para 2019.
A contribuição sobre o salário até o teto do INSS (R$ 5.531,31) continua em 11%.
Os servidores que ganham mais pagarão os 14% sobre a parcela que excede o teto.
A contribuição dos trabalhadores do setor privado continua de 8% a 11%.
As mudanças são consideradas impopulares pelos parlamentares, preocupados já com as eleições de 2018 e com a pressão que passarão por parte dos sindicatos, mas são tidas pela equipe econômica como necessárias para equilibrar as contas.
Sindicatos que representam funcionários públicos federais anunciaram que vão recorrer à Justiça contra a Medida Provisória.
O envio das MPs, que têm vigência imediata, estiveram no centro de um impasse entre a equipe econômica, o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Maia reclamou recentemente do excesso de MPs enviadas por Temer e ameaçou devolver novas propostas.