Enquanto ocupava a vaga de Telmário Mota (PTB-RR), o suplente Thieres Pinto apresentou um projeto de lei para dar prioridade a jovens pobres nas Forças Armadas.
Segundo a proposta, devem ser chamados para o serviço militar obrigatório principalmente pessoas com renda familiar abaixo de dois salários mínimos. “Diante da situação preocupante em que se encontram nossos jovens e do valor do serviço militar, apresentamos este projeto de lei, o qual permitirá a jovens economicamente incapazes ingressar nas Forças Armadas e ali aprenderem não só uma profissão, como desenvolver valores que lhes serão fundamentais ao longo da vida”, justifica o suplente na proposta encaminhada ao Senado.
LEIA TAMBÉM » Jungmann admite orçamento insuficiente para investir nas Forças Armadas » General fala em possibilidade de intervenção e é criticado por Forças Armadas “Também diante do papel de formar cidadão que têm as Forças Armadas, entendemos que a incorporação em seus quadros desses jovens daria a eles uma oportunidade de orgulhar suas famílias, a sociedade e o país, tendo a opção de seguir a carreira militar”, diz ainda. “Não podemos deixar a juventude desamparada.” O projeto aguarda a definição de um relator na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Em consulta no site do Senado, a maioria dos que votaram é contrária à proposta.
Até esta quinta-feira (2), havia recebido 3.345 votos ’não’ e 1.486 votos ‘sim’.
Na página oficial da Casa no Facebook, em que era a publicação com mais interações no início da tarde, havia divergências. “Ou seja, filho de pobre pega exército.
Filho de rico faz cursinho e faculdade.
Uma bizarrice dessa só aumenta a distância.
Garantam ensino superior acessível se quiserem resolver alguma coisa, uma lei dessa é bizarra”, afirmou um dos que discordavam do projeto. “Ou seja, o objetivo de cortar gastos sociais, principalmente na educação é pra ter mais pobres, ignorantes, e com isso ter mais controle pra ficar mais fácil doutriná-los. É isso que o Estado tem a oferecer aos pobres como meio de superar sua miséria?”, questionou outro. “Eu concordo porque às vezes o baixa renda terá uma oportunidade de ter um futuro e abrir a visão para uma oportunidade, já o filho de rico já tem futuro prometido só vai pra encher linguiça.
Eu acho que o filho de pobre vai ter mais oportunidade de ingressar e dar valor”, disse um que concordava com a proposta.
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