Em petição ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que “é fato incontroverso” que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, do PSDB de São Paulo, recebeu R$ 500 mil da Odebrecht para a campanha de 2010.

A informação foi publicada pela Folha de S.

Paulo nesta quinta-feira (2).

De acordo com o jornal, o tucano pode se livrar de investigações porque os supostos crimes estariam prescritos devido à idade dele, que tem 72 anos.

Oficialmente, segundo a Folha, a campanha do tucano não recebeu doação da Odebrecht em 2010, quando foi eleito senador.

Em 2014, ano que não foi citado no documento, ele foi candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG).

LEIA TAMBÉM » Ex-diretor da Odebrecht delata caixa 2 a Aloysio Nunes Dois delatores da Odebrecht informaram sobre o suposto pagamento a Aloysio Nunes, o que gerou o inquérito aberto em março, quando o procurador-geral da República era Rodrigo Janot. É alvo da mesma investigação o senador José Serra, também do PSDB-SP, que não seria alvo de acusações por ter 75 anos, o que leva à metade o prazo de prescrição dos supostos crimes.

No caso dele, os delatores teriam informado repasses por obras em São Paulo.

No documento revelado pela Folha, Dodge menciona que a defesa de Aloysio Nunes afirmou que os dois delatores “declararam que as doações para a campanha” do atual ministro “não foram condicionadas à prática de ato de ofício em favor da empreiteira”.

Isso determina se a acusação seria de corrupção passiva ou caixa dois.

Dodge, segundo o jornal, não estaria convicta sobre a finalidade do suposto repasse.