No blog da coluna Pinga Fogo O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido), classificou o resultado do leilão do Pré-Sal, realizado nesta sexta (27), de “sucesso estrondoso”.
O leilão ocorreu pelo modelo de partilha (a divisão de petróleo entre empresas e o governo brasileiro) e teve um ágio médio acima de 200% para o chamado excedente em óleo dos contratos.
Ou seja, as empresas vão pagar, ao longo de 35 anos, mais que o triplo dos US$ 35 bilhões estimados em pagamentos que as empresas fariam à União, ao dividir petróleo com o governo, pelo regime de partilha.
Em bônus na assinatura de contrato, o governo vai receber até dezembro R$ 6,15 bilhões, abaixo dos R$ 7,75 bilhões previstos.
Porém, com o ágio em divisão do excedente em óleo, também chamado de “óleo-lucro”, será preciso recalcular a estimativa inicial de que, somando a partilha, royalties e impostos, o governo arrecadaria US$ 130 bilhões em três décadas e meia de contratos.
De acordo com Fernando Filho, o aumento do valor pago pelos contratos e o arremate de 75% dos campos ofertados apontam um retorno da confiança do mercado no Brasil. “Foi um sucesso estrondoso”, afirmou o ministro.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) realizou nesta sexta a 2ª e a 3ª rodadas de partilha do Pré-Sal.
Até aqui, o governo federal só havia realizado um leilão do pré-sal em 2013, ainda no primeiro governo Dilma Rousseff (PT).
Nos contratos da 2ª rodada do Pré-Sal, as empresas toparam pagar 260,98% a mais ao governo no chamado óleo-lucro.
Na 3ª rodada, o valor foi de 236,3%.
No leilão de Dilma, segundo o ministro, não existiu ágio.
De acordo com o secretário de Petróleo e Gás, Márcio Félix, ainda não é possível estimar um valor exato para o aumento.
Mas ele descreve como uma diferença de “dezenas de bilhões de reais”. “Foi a grande notícia da tarde”, enfatiza.