Agência Brasil - No dia em que a Câmara dos Deputados decide sobre o futuro da segunda denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, deputados de oposição começaram o dia com um protesto no Salão Verde.
Aos gritos de “Fora Temer” e “Investiga Já” um grupo deu uma volta com cartazes pelo Salão Verde.
Mantendo a estratégia de não registrar presença para dificultar o quórum na sessão, eles montaram um púlpito no local de onde se revezam em discursos contra o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) que pede o arquivamento da denúncia.
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A oposição só vai ao plenário quando o governo conseguir registrar presença de 342 deputados para iniciar a votação”, disse o líder da minoria, José Guimarães (PT-CE).
Histórico A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Temer por obstrução de justiça e organização criminosa.
Também foram denunciados os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil), por organização criminosa.
A acusação sustenta que os integrantes do PMDB montaram um esquema de propina em órgãos públicos, como Petrobras, Furnas e Caixa Econômica.
Temer é apontado na denúncia como líder da organização desde maio de 2016. » Custo de denúncias contra Temer alcança R$ 32,1 bilhões » Certo da rejeição da 2ª denúncia, Planalto investe em ‘página virada’ Temer, Moreira e Padilha negam a prática de qualquer irregularidade.
Para a Procuradoria, o presidente também cometeu o crime de obstrução de Justiça ao dar aval para que o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, comprasse o silêncio do corretor de valores Lucio Funaro, apontado como operador do PMDB.
A primeira denúncia contra Temer foi rejeitada pela Câmara em agosto, por 263 votos a 227.
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