Em manifestação na entrada do Plenário, deputados da oposição comemoraram a decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de encerrar sessão extraordinária que discutia a denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padinha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
No entando, nova sessão extraordinária já foi iniciada. “Foi uma estratégia vitoriosa de todos os partidos da oposição, conseguimos assegurar que 191 deputados não votassem, o que obrigou o governo a fazer nova sessão”, disse o deputado José Guimarães (PT-CE).
Os parlamentares contrários ao governo não marcaram presença em Plenário para tentar adiar a votação.
Durante a votação da autorização, os parlamentares vão se pronunciar sobre o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que recomenda a rejeição da autorização ao Supremo.
Em 2 de agosto, o Plenário rejeitou, por 263 votos a 227 e 2 abstenções, a primeira denúncia da Procuradoria Geral da República contra Michel Temer, por crime de corrupção passiva (SIP 1/17).
Esta segunda denúncia acusa os ministros e o presidente da República por organização criminosa.
Temer também é acusado de obstrução da Justiça.
Todos negam as acusações.
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos vice-líderes do governo, disse há pouco que o presidente Michel Temer está em um hospital de Brasília, mas não seria nada grave. “O presidente teve uma indisposição e foi levado para exames, mas se encontra bem”, afirmou.
O deputado Agnaldo Ribeiro (PP-PB) anunciou em Plenário que haverá um comunicado oficial da Presidência da República sobre o quadro clínico de Michel Temer.
Agência Câmara dos Deputados