O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria e Máquinas (ABIMAQ), José Velloso, afirmou, em evento de comemoração de 80 anos da entidade, nesta terça-feira, em evento no Famiglia Juliano, nesta capital, que em Pernambuco há um deputado que sequer sabe o que fala.
Ele chegou a citar nominalmente o tucano Betinho Gomes e fez críticas ao deputado federal que foi relator das mudanças na taxa de longo prazo do BNDES, alteradas por projeto de lei na Câmara dos Deputados no mês passado.
O vídeo com as críticas corre nas redes sociais, estimulada por adversários locais do tucano.
Em função do mesmo tema, a TLP, antes deste episódio, o secretário de Planejamento do Estado, Márcio Stefanni, funcionário de carreira do banco público do Rio de Janeiro, já havia criticado o deputado federal.
Na visita ao Recife, em jantar com empresários locais e antes, o empresário fez críticas ao governo Temer, reclamando das condições de importação.
Saiba mais sobre o evento da Abimaq Brasil importou uma ‘CSN’ em produtos de aço vindos da China e Rússia Custo de capital elevado, câmbio, recessão e endividamento foram alguns dos pontos elencados por José Velloso, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), como motivos que inviabilizam a retomada dos investimentos por parte das indústrias.
Para Velloso, que veio ao Recife para participar do evento comemorativo dos 80 anos da Abimaq, o aumento de investimentos em infraestrutura e a recomposição das margens de lucros são prioridades. “Precisamos de juros baixos, câmbio competitivo, restabelecimento do fluxo de crédito e o equacionamento dos passivos fiscais para criar um ambiente favorável aos investimentos produtivos”.
O presidente executivo afirmou que a Abimaq tem atuado em diversas frentes com o objetivo de criar as condições favoráveis ao investimento das indústrias.
Entre essas ações ele destacou a participação em coalizões, como a que busca impedir a aplicação do direito antidumping contra às importações brasileiras de aço que vem sendo solicitada pelas siderúrgicas nacionais.
De acordo com Velloso, essa medida causaria aumento de custos e afetaria a competitividade das indústrias, gerando desemprego e pressão inflacionária.
Velloso lembra ainda que se trata de um “tiro no pé”, pois com a medida, os consumidores de aço no Brasil ficam com seus custos majorados, mas os bens fabricados com os mesmos aços feitos na China e Rússia entram no Brasil. “O Brasil está sendo inundado de bens fabricados com este mesmo aço vindo da China e Rússia.
Somente em máquinas em 2016 foram 3,6 milhões de toneladas de bens importados.
Mais do que uma CSN”, explica.
O executivo também revelou que a entidade reivindica a ampliação do prazo de recolhimento de impostos federais e o incentivo à pontualidade no pagamento de tributos por meio de bônus de adimplência.
REFORMA TRIBUTÁRIA Germano Rigotto, diretor de ação aolítica da Abimaq, que também participará do evento no Recife, defendeu a proposta de reforma tributária do deputado federal Luiz Carlos Hauly, que, segundo ele, poderá fazer o Brasil voltar a crescer de 5% a 7% ao ano, além de contribuir para a desconcentração da renda no Brasil. “Caso o projeto seja aprovado, o crescimento econômico será de forma continuada e sustentada, e garantirá a neutralidade na competitividade entre as empresas, com o fim imediato da guerra fiscal entre os estados graças a criação do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) e o imposto seletivo cobrados no destino, o que o torna a livre concorrência mais justa”.
Rigotto abordará a atual situação política, o mercado industrial, as reformas política, trabalhista, tributária e da Previdência. “Não podemos mais perder tempo.
O Brasil precisa de uma fotografia sem retoques dos problemas para que seja possível construir uma nova plataforma para o crescimento futuro”.
O evento da Abimaq, denominado “Encontro com o Presidente” será realizado às 19h, no Restaurante Spettus de Boa Viagem e contará com a presença de Sebastião Pontes, diretor regional da Abimaq Norte Nordeste e associados da entidade.
A entidade representa atualmente cerca de 7.500 empresas dos mais diferentes segmentos fabricantes de bens de capital mecânicos, cujo desempenho tem impacto direto sobre os demais setores produtivos nacionais.