Estadão Conteúdo - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou à Justiça na tarde desta terça-feira (24) “31 folhas referentes a recibos de aluguel” do apartamento 121, do edifício Hill House, em São Bernardo do Campo (SP).
O juiz federal Sérgio Moro havia dado 48 horas para a apresentação dos originais da documentação contestada pela força-tarefa da Operação Lava Jato Em certidão anexada aos autos da Lava Jato, a diretora Flavia Cecilia Maceno Blanco, da secretaria da 13.ª Vara Federal, de Curitiba, registrou o recebimento.
LEIA TAMBÉM » Lula fala em referendo contra ações de Temer » Dilma traiu seu eleitorado, diz Lula a jornal espanhol » Lula diz que doaria imóveis ao MTST se Lava Jato provar que são seus “Certifico que recebi na data de hoje, nesta secretaria da 13.ª Vara Federal de Curitiba: 7 folhas referentes a um instrumento particular de contrato de locação para fins residenciais; 31 folhas referentes a recibos de aluguel e uma folha referente a uma carta, datada de 3 de janeiro de 2017.
Todas as folhas contém inscrições somente no anverso da folha”, anotou a diretora da secretaria. “Os referidos documentos foram entregues pelo Dr Cristiano Zanin, e, na forma como foram entregues, foram digitalizados e anexados ao eproc neste mesmo evento.
Após a digitalização, os documentos foram acautelados nesta secretaria, com as cautelas de praxe.” » Após viagem pelo Nordeste, Lula visita redutos do PT em Minas » Em delação, Pedro Corrêa diz que Lula forçou nomeação de Paulo Roberto Costa » ‘Insistência’ em tirar Lula de eleição ajuda Bolsonaro, diz Renan O apartamento, vizinho à residência de Lula, está em nome do engenheiro Glaucos Costamarques, apontado pelos investigadores como “laranja” do petista.
Glaucos é primo distante do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
A investigação sobre a autenticidade dos recibos do aluguel que teria sido pago a Glaucos pelo uso do imóvel foi aberta por iniciativa do Ministério Público Federal, por meio de um incidente de falsidade.
Os advogados do ex-presidente rechaçam a suspeita.
Eles haviam entregue à Justiça cópias dos recibos, alguns com datas inexistentes no calendário, como 31 de novembro.