Por Arthur Cunha, especial para o Blog de Jamildo Mais do que políticos com extrema capacidade de liderança, mas que descolem do populismo, o Brasil precisa de gente que pense o País.
Gente que tenha a capacidade de olhar de fora da crise, analisar o cenário com isenção e propor um projeto de país.
Nada mais óbvio.
Mas é justamente isso que nos falta.
Para alcançar esse objetivo comum, o político moderno precisa se conectar mais com o povo, humanizar não apenas sua comunicação, mas, sobretudo, seu mandato, sua ação política.
Auscultar e depurar o que as pessoas pensam e falam, para acertar mais e errar menos! É aí onde entra o profissional de comunicação política antenado.
Seja em qualquer plataforma ou veículo (redes socais, publicidade em geral, imprensa), o caminho que se aponta com mais êxito é o da humanização da figura política.
Isso vai aproximar seu assessorado de quem ele representa por força do voto.
Garantirá transparência ao mandato e também vai angariar a simpatia de mais pessoas.
Antes de ser político de mandato ou aspirante a um, o indivíduo é um cidadão: tem passado, história, relações sociais.
Ele pensa e sente.
Esse arcabouço ideológico e cultural precede a figura pública já conhecida.
Essa bagagem é a essência do seu material de trabalho.
Seu ponto de partida e seu final.
Seu porto seguro.
Portanto, respeite e use essa bagagem na hora de vender seu produto e se comunicar com o mundo.
Humanize o ser político; traga aquela entidade idealizada para a realidade das pessoas.
Torne-o de carne e osso.
Político é, antes de tudo, gente.
E, como todo mortal, acerta e erra.
Tem opinião formada sobre algo, discorda de outro assunto, tem dúvidas.
Tudo isso faz parte.
A comunicação precisa trabalhar esse lado humano do político.
Ninguém melhor para me liderar que um igual, que sente o que eu sinto, sofre o que eu sofro, que sonha o mesmo que eu.
Explore a relação desse político com a comunidade de onde ele vem; com o segmento profissional onde ele milita; com as ideias que seu partido defende; com a sua família, seus amigos, seus pares.
Esse direcionamento refletido em agendas públicas, pautas para a imprensa, entrevistas, notas, fotos, artes, peças publicitárias e postagens nas redes sociais – eu tenho certeza! – vai ajudar seu assessorado a se comunicar melhor, divulgar melhor seu mandato e, sobretudo, ajudá-lo a mudar para melhor a vida do povo.
Pense nisso!
Arthur Cunha trabalhou no Jornal do Commercio, é jornalista profissional e escreve artigos na área de marketing político, voltados para profissionais de comunicação política, assessores de políticos e para os próprios políticos