Estadão Conteúdo - Integrante da oposição, o deputado Rubens Júnior (PCdoB-MA) afirmou nesta segunda-feira (23), que entrará ainda hoje no Supremo Tribunal Federal (STF) com mandado de segurança para pedir a votação separada na Câmara das denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).

A votação das peças acusatórias no plenário da Casa está marcada para esta quarta-feira (25). “Vou pedir a votação separada das acusações.

A primeira acusação é de que Temer é líder da organização criminosa.

A segunda, de que Eliseu Padilha é membro dessa organização.

A terceira, de que Moreira Franco também é membro.

A quarta acusação é de que Temer obstruiu Justiça”, afirmou ao Broadcast Político o parlamentar maranhense.

Segundo ele, o mandado questiona o rito da votação estabelecido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que prevê uma só votação.

LEIA TAMBÉM » Veja como será a votação da denúncia contra Temer, na quarta-feira » ‘Parlamentares que votarem para salvar Temer vão pagar a conta em 2018’, diz Humberto Costa Temer e os ministros foram denunciados conjuntamente pela PGR por organização criminosa.

O presidente da República também foi denunciado sozinho por obstrução de Justiça.

As acusações têm como base as delações dos executivos do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS, e do corretor Lúcio Funaro, apontado pela Lava Jato como suposto operador financeiro do esquema de propinas pagas a políticos do PMDB.

A denúncia foi apresentada em setembro pelo então procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. » Certo da rejeição da 2ª denúncia, Planalto investe em ‘página virada’ » Temer exonera oito ministros para votar contra denúncia na Câmara Quando o STF enviou a denúncia para análise da Câmara, a Corte não desmembrou.

A oposição e membros do chamado Centrão (base aliada) chegaram a defender a votação em separado da peça acusatória.

O presidente da Câmara, porém, negou o pedido, assim como o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG).

O colegiado foi o primeiro local da Casa em que a denúncia foi analisada.

Na semana passada, a comissão aprovou por 39 votos a 26 parecer pela rejeição da denúncia.