A Câmara dos Deputados se reúne na próxima quarta-feira (25), a partir das 9h, para votar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), por organização criminosa e obstrução de Justiça.

Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência) também são acusados.

O resultado da primeira denúncia, por corrupção passiva, rejeitada no dia 2 de agosto, foi de 263 a 227.

Apesar de esperar uma diferença menor, a base espera mais uma vez arquivar as investigações.

O Palácio do Planalto também já conta com isso.

LEIA TAMBÉM » Certo da rejeição da 2ª denúncia, Planalto investe em ‘página virada’ » Centrão cobra reforma ministerial para tirar PSDB A articulação desta vez foi principalmente com a bancada ruralista.

Primeiro, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, publicou uma portaria reduzindo o conceito de trabalho escravo e limitando a divulgação da chamada “lista suja”.

Depois, o presidente resolveu perdoar multas ambientais.

A votação da denúncia Os deputados debaterão parecer de Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

O relatório do tucano passou por 39 votos contra 26.

Para que a investigação continue no Supremo Tribunal Federal (STF), são necessários 342 votos, ou seja, dois terços do total.

Esses deputados terão se manifestar contrários ao relatório do tucano, votando ’não’. » Temer exonera oito ministros para votar contra denúncia na Câmara » Pernambucanos votaram contra rejeição da denúncia contra Temer na CCJ » Por 39 a 26 votos, CCJ rejeita denúncia contra Temer e ministros O quórum de abertura da sessão é de 51 deputados, e a ordem do dia poderá ser iniciada com o registro de presença de 52 parlamentares.

Depois disso, o relator falará por 25 minutos, seguido pelo presidente Michel Temer (PMDB) ou seu advogado, Eduardo Carnelós, também por 25 minutos.

Os ministros ou seus advogados terão igual tempo para apresentar a defesa.

Depois disso, quatro deputados, dois contrários e dois favoráveis ao afastamento, têm a palavra.

Quando eles concluírem, poderá ser apresentado requerimento de encerramento de discussão, desde que ao menos 257 deputados tenham registrado presença. » Se você fosse deputado, como votaria na 2ª denúncia contra Temer? » Base aliada diz ter votos para rejeitar denúncia contra Temer na CCJ Já a votação propriamente dita somente será iniciada com o registro de presença de 342 deputados.

Os parlamentares serão chamados em ordem alfabética, por estado, alternadamente do Norte para o Sul e vice-versa.

A ordem é a mesma da primeira denúncia.

Temer e os ministros são acusados de arrecadar propinas, estimadas em R$ 587 milhões.

O Planalto nega todas as acusações.

O caso envolve ainda outras pessoas que não têm foro privilegiado, como os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo da Rocha Loures; o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, ambos da J&F.