Após a caravana de 20 dias que fez pelo Nordeste entre agosto e setembro, a um ano das eleições de 2018, o ex-presidente Lula (PT) inicia nesta segunda-feira (23) uma nova viagem.

Desta vez, o petista vai passar por doze cidades que tiveram, em sua maioria, votações expressivas do PT nas últimas eleições presidenciais.

Apesar disso, em nove delas o candidato do partido à prefeitura não foi eleito.

Os municípios são: Ipatinga (69,71% em 2006 para Lula e 46,94% em 2014 para Dilma), Governador Valadares (66,58%/48,74%), Teófilo Otoni (70,72%/57,51%), Itaobim (53,15%/50,89%), Itinga (76,86%/71,85%), Araçuaí (59,76%/60,44%), Salinas (68,49%/60,92%), Montes Claros (73,45%/62%), Bocaiuva (80,73%/71,81%), Diamantina (75,75%/64,32%), Cordisburgo (72,24%/52,7%) e Belo Horizonte (63,18%/35,71%).

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O ex-presidente também vai visitar um viveiro de mudas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Museu Casa Guimarães Rosa. » Se provarem que roubei R$ 1, volto para pedir desculpas, diz Lula no Recife » Grupo exalta Ustra em protesto contra Lula no Recife No último dia da viagem, que dura uma semana desta vez, haverá uma reunião com prefeitos de Minas Gerais na capital, Belo Horizonte. » Procuradoria pede aumento de pena para Lula no caso triplex » Brasileiro quer Lula preso e aval a denúncia contra Temer, diz Datafolha » Lula lidera cenários para 2018 mesmo após condenação, diz Datafolha » Odebrecht diz que pagamentos a Lula vão além dos lançados na planilha ‘Italiano’ Quando visitou o Nordeste, Lula aproveitou para refazer alianças do PT que haviam sido perdidas.

Em Alagoas, foi recepcionado pelo senador Renan Calheiros, do PMDB, que o acompanhou e dividiu o palanque com ele apesar das divergências entre peemedebistas e petistas desde o impeachment de Dilma Rousseff, no ano passado.

No Recife, jantou na casa de Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos, no momento em que o seu partido ensaia uma reaproximação com o PSB.

Lula sentou ao lado de Paulo Câmara, que é vice-presidente nacional do partido socialista.

Na cidade, os partidos romperam em 2012, quando o ex-governador decidiu lançar Geraldo Julio para a prefeitura, desfazendo a aliança local.

No plano nacional foi no ano seguinte, período em que Eduardo decidiu disputar a presidência.