Em mais uma das suas viagens pelo País, a um ano das eleições em que deve disputar a presidência, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ficou confuso e trocou o estado que estava visitando.

Do alto de um trio elétrico em Uberlândia, cidade de Minas Gerais, foi elogiar e pedir aplausos à Polícia Militar, mas, ao dizer de onde era a corporação, acabou falando em São Paulo.

Em resposta, seguidores que acompanhavam o discurso gritaram “paga dez!”, em referência às flexões pagas quando militares cometem erros.

Bolsonaro riu e usou a desculpa de que iria a Ribeirão Preto - esta, sim, em São Paulo - depois. “É que estou emocionado”, minimizou.

Em seguida, Bolsonaro continuou seu discurso e, apesar de dizer que não estava fazendo campanha para 2018, voltou a apresentar propostas.

Uma delas diz respeito à Polícia Militar: o deputado quer dar “retaguarda jurídica” aos policiais.

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O Congresso analisa uma proposta de plebiscito para que a revogação da lei atual seja votada no ano que vem, mas há resistência tanto no parlamento quanto no próprio governo.

Entre 1980 e 2012, mais de 880 mil pessoas morreram no Brasil vítimas de armas de fogo.

Em 2004, primeiro ano após a vigência do Estatuto do Desarmamento, o número de homicídios por arma de fogo registrou queda pela primeira vez após mais de uma década de crescimento ininterrupto, caindo de 39,3 mil mortes em 2003 para 37,1 mil no ano seguinte.

Usando um discurso conservador, Bolsonaro criticou ainda o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), defendendo que as ações da entidade sejam tipificadas como terrorismo.