Ligado ao PP do deputado federal Eduardo da Fonte (PE), o ex-executivo da Petrobras Djalma Rodrigues de Souza foi mais uma vez alvo da Polícia Federal na manha desta sexta-feira (20).

O mandado de busca e apreensão contra ele foi o sendo cumprido em Pernambuco nesta manhã.

Policiais federais estiveram no apartamento do ex-executivo da Petrobras na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul da cidade.

De acordo com a PF, nada foi apreendido.

Djalma chegou a ser preso temporariamente no Rio de Janeiro.

Ele morava na cidade carioca, mas mantinha o apartamento em Boa Viagem, que foi alvo de busca e apreensão na Operação Satélites em março deste ano.

Desta vez na Operação Satélite, o ex-executivo passou a ser investigado por causa das delações da Odebrecht.

O conteúdo dos acordos, homologados em janeiro pela presidente do STF, Cármen Lúcia.

As colaborações geraram 83 pedidos de inquérito por Janot à Corte, casos que ainda serão analisados pelo relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin.

LEIA TAMBÉM » Alvo da Operação Satélites foi cotado para diretoria “que fura poço” da Petrobras » Nova fase da Lava Jato mira empresário ligado a Humberto Costa Em dezembro de 2015, na Operação Catilinárias, Djalma foi alvo de mandado de busca e apreensão.

No foco político da operação estavam o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) e os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Fernando Bezerra (PSB-PE).

O objetivo era evitar destruição de provas.

O ex-executivo é ligado também ao ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti, também pernambucano, e chegou a ser indiciado em 2005 para a diretoria de Exploração e Produção, aquela que Cavalcanti chamou de “diretoria que fura poço e acha petróleo”.

Djalma Rodrigues é concursado da Petrobras e foi gerente geral de Participações Petroquímicas da empresa até março de 2015, quando a Operação Lava Jato completou um ano.

Ele era parceiro de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos primeiros delatores. » Humberto Costa diz que nova fase da Lava Jato vai inocentá-lo Os dois haviam trabalhado juntos, com Rodrigues como chefe de Costa, até 2000, em duas empresas: a Gaspetro, empresa que foi extintae era responsável pelos negócios na área de gás de petroleira, e a TGB, a que cuidava do transporte de gás natural da Bolívia para o País, Costa assumiu a diretoria na Petrobras e a hierarquia se inverteu.

O ex-executivo Djalma foi denunciado em agosto do ano passado junto com Eduardo da Fonte pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF) - leia na íntegra da denúncia do MPF.

O parlamentar é acusado de receber R$300 mil para beneficiar a empreiteira UTC Engenharia nas obras da Petrocoque, uma empresa controlada pela Petrobras.

Ele teria recebido metade desse valor em dois cheques, pagos em 2010 através de doações eleitorais feitas pelo próprio deputado a Érico Tavares de Souza, sobrinho do ex-executivo e candidato em Pernambuco pelo PTC. » PF deflagra nova fase da Lava Jato no Grande Recife Rio de Janeiro No Rio de Janeiro, devem ser cumprido mandados de condução coercitiva e ao menos um mandado de prisão temporária.

Medidas cautelares também devem ser aplicadas ainda nesta sexta contra alvos da investigação por ordem da Justiça Federal.

De acordo com as investigações, há indícios concretos de que um grupo de gerentes da Petrobras uniu-se para beneficiar a Odebrecht em contratações com a petroleira, mediante o pagamento de valores de forma dissimulada em contas de empresas off-shores estabelecidas no exterior. » PF deflagra nova fase da Lava Jato no Grande Recife Os investigados responderão pela prática dos crimes de associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.

O investigado preso temporariamente será conduzido à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná.

Em outro procedimento e atendendo também à determinação da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), a Polícia Federal deu cumprimento a um mandado de prisão preventiva de réu condenado em açã penal.

Também neste caso o réu será conduzido à Superintendência da PF em Curitiba.