Sem poder elogiar o governo Federal pela recuperação da economia e a geração de empregos, o governo Paulo Câmara, de oposição, não comemorou com muito alarde, realizando apenas um registro de que Pernambuco obteve o primeiro lugar no Brasil na geração de emprego do país, em setembro.

Caso a recuperação da economia perdure, será difícil para os aliados de Paulo Câmara tentarem apresentar o senador FBC e o ministro de Minas e Energia como sócios do desemprego, ao lado da baixa popularidade de Temer.

Por outro lado, o aumento do emprego vai ajudar a reduzir a violência, contribuindo para a melhora do Pacto pela Vida, usado pela oposição contra Paulo Câmara.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Ministério do Trabalho (MTb).

No plano local, o registro da notícia posiriva foi feito em uma discreta nota da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação do Governo de Pernambuco.

De acordo com levantamento do Ministério do Trabalho do Governo Federal, foram abertos 13.992 novos empregos formais em Pernambuco.

As áreas de maior demanda foram, respectivamente, a indústria da transformação (+10.073 postos), agropecuária (+ 3.728), comércio (+824) e construção civil (+201).

Ainda de acordo com o levantamento, o Nordeste foi a região que obteve o melhor desempenho com um total de 29.644 postos frente ao Sul (+10.534) e Norte (+5.349).

No Sudeste e Centro-Oeste houve uma redução na quantidade de novos empregos.

Regiões e estados O saldo de setembro foi impulsionado pela alta em três regiões, com destaque para a Região Nordeste, que fechou o mês com abertura de +29.644 postos.

As regiões Sul (+10.534 postos) e Norte (+5.349 postos) também tiveram números positivos.

Já nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste houve redução, respectivamente, de -8.987 postos e -2.148 empregos.

O Caged foi positivo em 20 das 27 unidades da Federação.

O melhor resultado do mês foi de Pernambuco, que abriu 13.992 novos empregos, motivado principalmente pela expansão da Indústria de Transformação (+10.073 postos), Agropecuária (+3.728 postos), Comércio (+824 postos) e Construção Civil (+201 postos).

Também se destacaram os estados de Santa Catarina (+8.011 empregos), Alagoas (+7.411), Pará (+3.283), Paraná (+2.801), Bahia (+2.297), e Ceará (+2.161).

Por outro lado, o Rio de Janeiro (-4.769 empregos), Minas Gerais (-4.291) e Goiás (-3.493) tiveram as maiores reduções no estoque de empregos em setembro.

Números nacionais O Brasil fechou o mês de setembro com nova alta no saldo de empregos formais – a sexta consecutiva e a sétima no ano.

O crescimento foi de 34.392 postos de trabalho, aumento de 0,1% em relação ao estoque do mês anterior. “Os números de setembro confirmam, mais uma vez, o processo de recuperação gradual do mercado de trabalho, como reflexo da retomada do crescimento da economia do País”, avaliou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

O resultado de setembro foi proporcionado pela diferença entre 1.148.307 admissões e 1.113.915 desligamentos.

No acumulado do ano, o saldo positivo chega a 208.874 empregos, com aumento de 0,5% em relação ao estoque de dezembro de 2016.

Segundo o govern federal, os números de setembro também contribuíram para melhorar o saldo acumulado de 12 meses, que ainda ficou em -466.654 postos de trabalho (-1,2% sobre setembro de 2016), mas representou uma melhora em relação ao acumulado de 12 meses até agosto, que foi de -544.658 postos de trabalho.

A situação por setores O Caged mostrou que metade dos oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego.

Os aumentos, pela ordem, foram verificados em Indústria de Transformação (+25.684 postos), Comércio (+15.040 empregos), Serviços (+3.743) e Construção Civil (+380 postos). “O otimismo da indústria já se traduz em números na produção e na geração de empregos do setor, e esse resultado também está chegando a outras áreas da economia”, comentou o ministro, em Brasília.

Na Indústria de Transformação, houve crescimento em 10 dos 12 subsetores, com destaque para a Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (+16.982 empregos).

Os outros subsetores com saldo positivo foram Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (+3.914); Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (+2.345); Indústria da Madeira e Mobiliário (+2.325); Indústria metalúrgica (+1.666); e Indústria do material de transporte (+1.070).

Apenas a Indústria da borracha e do fumo (-4.042 postos de trabalho) e a Indústria de calçados (-466) tiveram retração.

Do setor de Serviços, quatro dos seis subsetores tiveram saldo positivo: Ensino (+4.779 empregos); Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviço técnico (+2.050); Serviços médicos, odontológicos e veterinários (+2.019); e Transportes e comunicações (+485).

As quedas foram registradas em Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação (-4.017 postos); e Instituições de crédito, seguros e capitalização (-1.573 empregos).

Já no Comércio, houve saldo positivo tanto no subsetor Varejista (+13.174 postos) quanto no Atacadista (+1.866).

A Construção Civil registrou saldo positivo em Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações (+2.293 postos) e em Instalações Elétricas (+1.050 postos).

As retrações em setembro foram verificadas nos setores de Agropecuária (-8.372 empregos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-1.246 postos), Administração Pública (-704 postos) e Extrativa Mineral (-133 postos).