Estadão Conteúdo - O pré-candidato a Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, atacou possíveis postulantes de outros partidos ao posto durante um almoço com empresários na Firjan, no centro do Rio, na tarde desta quinta-feira (19).

Sobre Marina Silva, o ex-governador do Ceará disse que não a vê com energia para a disputa e que, além disso, “o momento é muito de testosterona”, hormônio masculino.

Também dirigiu críticas aos tucanos Geraldo Alckmin, João Doria e Aécio Neves, a quem chamou de “cadáver político”.

Ciro disse que Aécio “continua dando as cartas” e afirmou que o PSDB insiste em não tirá-lo do comando do partido. “Aécio é um cadáver político, e o que se faz com um cadáver é sepultar.

E aí não sei por que não se sepulta.

O cara está lá dando as cartas.

A onda de revolta pede que ele saia da presidência do PSDB (da qual Aécio está licenciado).

Ele não vai sair.

Então não resolve”, disse.

LEIA TAMBÉM » Não quero vender a alma para ser presidente, diz Ciro Gomes » Doria diz que Ciro Gomes precisa aumentar consultas ao psiquiatra » Ciro Gomes diz ‘torcer’ para que Lula tenha ‘provada sua inocência’ » Prefiro Bolsonaro a Doria, diz Ciro Gomes O ex-governador e ex-ministro criticou o comportamento de Marina Silva. “Não a vejo com apetite de ser candidata, ou então é uma tática nova que eu nunca vi na minha vida pública, que é o negócio de jogar parado, de não dar opinião.

Não vejo ela com a energia e o momento é muito de testosterona.

Eu não elogio isso, é algo do Brasil. É um momento muito agressivo, e ela tem uma psicologia muito avessa a isso”, afirmou.

Ciro acrescentou que o PSDB “vai fazer uma campanha situacionista”, “segurando a alça de um caixão de um governo que tem 3% de aprovação, ou vai deixar para a véspera da eleição para sair e ficar com o justo estigma de oportunista”. “Para não parar de fazer besteira, o Doria contesta o Alckmin, que o inventou.

Qualquer político sabe que o Alckmin aumentava as remotas e decrescentes chances do PSDB.

Portanto, o PSDB vai se decidir por ele e aí não se resolve o problema.

Deixa o Doria desgastando o Alckmin”, disse. » Marina: não bastasse o foro privilegiado, há agora o ‘autoindulto privilegiado’ » Marina Silva pede apoio ao trabalho da Lava Jato » ‘Repugnante’, diz Marina Silva sobre rejeição da denúncia contra Temer » Após condenação de Lula, Marina se apresenta como candidata em 2018 Apesar das críticas ao partido, Gomes afirmou que “quer representar um certo pedaço do PSDB, que ajudou a fundar”. “Fui o primeiro e único governador eleito pelo PSDB pelas eleições de 90 e rompi por causa da fraude do real porque não queria ser confundido com aquilo”, afirmou.

Ciro disse ainda que Jair Bolsonaro, neste momento, “representa uma coisa muito respeitável que é a repulsa do povo brasileiro com a prática média da política”.

Destacou, porém, que “o voto não é catártico”. “Essas bofetadas que o Supremo dá, que o Congresso dá, todo dia o Bolsonaro vira uma coisa catártica de protesto.

Mas o voto não é catártico.

O voto é afirmativo.

Portanto, na hora que o PSDB de organizar, eles vão começar a se canibalizar.

O PSDB subindo, e o Bolsonaro subindo.

E eu vou passando”, afirmou.