O PSB nacional retirou nesta quarta-feira (18) a deputada Tereza Cristina (MS) da liderança do partido na Câmara.

Alinhada ao presidente Michel Temer (PMDB) e divergente da direção nacional da sigla, ela está entre os quatro parlamentares que enfrentam processos e podem ser expulsos em votação no próximo dia 27.

No lugar dela, fica Júlio Delgado (MG), da ala que faz oposição ao governo peemedebista.

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O documento foi entregue à Secretaria Geral da Mesa Diretora antes do retorno de Fernando Filho, ministro de Minas e Energia, também de alvo de processo de expulsão, e Raul Jungmann (Defesa/PPS) à Casa.

Isso porque a oficialização da volta dos dois retiraria do mandato dois do que assinaram o pedido, Severino Ninho (PE) e Creuza Pereira (PE).

Além de Fernando Filho e Tereza Cristina, enfrentam processo Danilo Forte (CE) e Fábio Garcia (MT). » PMDB diz que vai tomar ‘medidas necessárias’ contra decisões a favor de Jarbas » Fernando Filho prevê debandada do PSB e alfineta Raul Henry » FBC coloca filho como alternativa para disputa com Paulo Câmara Os processos foram abertos em abril, depois que eles votaram a favor da reforma trabalhista, ao contrário da posição da sigla, que fechou questão contra o projeto do governo Michel Temer (PMDB).

Os deputados já negociam a saída do PSB, mas aguardam a janela partidária, em março, para não perder os mandatos.

Fernando Filho, por exemplo, deve seguir os passos do pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, que foi para o PMDB.

Ao todo, calcula-se que haja 13 divergentes que negociam a saída do PSB. » FBC e Paulo Câmara agora duelam por ‘defesa’ no Congresso do Estaleiro Atlântico Sul » Mendonça Filho diz que vai herdar 8 ou 9 parlamentares do PSB e deixa portas abertas para FBC » Antes rejeitado, título de cidadão olindense é aprovado para Fernando Filho » Jarbas consegue nova liminar contra Jucá e FBC e mantém comando do PMDB O clã dos Coelho foi cortejado por dois meses pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que escolhessem o Democratas, mas foi atraído pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), com a promessa de que receberiam o comando do partido em Pernambuco, o que ainda não aconteceu por causa de uma briga com o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), tradicionalmente líder dos peemedebistas locais, e com o atual presidente estadual da sigla, Raul Henry.

A disputa foi parar nas Justiças pernambucana e do Distrito Federal, que concederam liminares a favor de Jarbas e Raul.

Pai e filho estão na oposição e articulam o nome do ministro na disputa ao Governo de Pernambuco contra Paulo Câmara (PSB).

Como hoje o PMDB é o principal aliado dos socialistas, a troca de palanque é um dos motivos da briga.

Paulo é vice-presidente nacional do PSB.

Para o governador, os socialistas alinhados a Temer devem procurar um novo rumo.

Da mesma forma que o ministro e o senador, Tereza Cristina, Danilo Forte e Fábio Garcia foram procurados por PMDB e Democratas, criando uma disputa entre os dois partidos e deixando Maia irritado com Temer em meio à tramitação das denúncias contra o presidente na Câmara.