Agência Brasil - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu argumentos da defesa e entendeu que o inquérito que investiga repasses ilegais da Odebrecht ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não tem relação com a Operação Lava Jato.
No inquérito, Maia é investigado junto com seu pai, César Maia (DEM-RJ), ex-prefeito do Rio de Janeiro e hoje vereador carioca.
LEIA TAMBÉM » Fachin adia depoimento de Rodrigo Maia à PF no âmbito da Lava Jato » Maia afirma que abertura de inquérito vai comprovar que citações na Lava Jato são falsas Ambos são apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como suspeitos de receber R$ 950 mil em propina da Odebrecht para irrigar campanhas políticas, em troca de atuação pela aprovação de uma medida provisória com incentivos à indústria química.
Eles foram citados por cinco delatores da empresa.
A defesa de Rodrigo Maia argumentou que os fatos em nada estavam relacionados com desvios na Petrobras, alvo principal das investigações da Lava Jato no STF.
Fachin acatou os argumentos, remetendo o processo para que a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, decida sobre a redistribuição. » Alvos da Lava Jato, Maia e Eunício mudam discurso sobre reforma política » Reeleito, Maia é alvo de inquérito sigiloso da Lava Jato Desde que assumiu a relatoria da Lava Jato, Fachin determinou a redistribuição de 74 inquéritos para outros ministros do STF, das mais de 150 investigações oriundas da Operação que já passaram por seu gabinete.