O deputado estadual Lucas Ramos (PSB) criticou em nota enviada nesta terça-feira (17) o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), seu opositor em Petrolina, no Sertão pernambucano.
Após o artigo em que o ex-socialista e agora peemedebista questiona Paulo Câmara (PSB) sobre repasses para os municípios na área de saúde, Ramos acusou FBC de não ter apresentado propostas concretas sobre o tema que trouxessem dinheiro para Pernambuco.
Contra a família Coelho, o deputado é o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que se opõe à privatização da companhia ligada à Eletrobras.
A venda é encabeçada pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, filho de FBC e que também deve migrar para o PMDB.
Leia a nota de Lucas Ramos Sem ter apresentado até aqui, depois de quase três anos de mandato, nenhuma proposta concreta na área de saúde que assegurasse mais recursos para o estado, o senador Fernando Bezerra Coelho vem com críticas vazias, sem nenhum conteúdo que possa contribuir com o debate no sentido de reduzir o sub-financiamento do Governo Federal no setor, não somente para os municípios pernambucanos como para todo o Brasil.
FBC trata o tema eleitoralmente, diminuindo, inclusive, o tamanho do mandato de Senador da República que lhe foi assegurado pelo PSB junto ao povo pernambucano.
O senador sabe perfeitamente que no Governo Federal, que ele tão bem representa, não existe espaço para discutir a saúde do povo brasileiro.
Infelizmente o espaço está inteiramente tomado pela luta de salvação do Presidente na Câmara Federal com relação à denúncia da Procuradoria Geral da República.
Aqui no Estado, apesar da forte crise que passa o País e sem nenhum esforço do Governo Federal, o nosso governador Paulo Câmara vai investir, somente este ano, R$ 4 bilhões em políticas públicas voltadas para a saúde. É o equivalente a 15% da receita total pernambucana aplicado na área, quando o determinado pela Constituição Federal é de, no mínimo, 12%.
O que temos presenciado aqui em Pernambuco é um esforço enorme do Estado em parceria com os Municípios para superar o sub-financiamento do Governo Federal no setor da saúde.
Por último, senhor senador, o problema fiscal dos municípios é urgente e não pode esperar por “melhorias nas transferências voluntárias do Governo Federal para o próximo ano”.
E o pior: o senhor sabe perfeitamente disso.