A vereadora Aimée Carvalho (PSB) anunciou nesta quinta-feira (12) que vai pedir à Secretaria da Mulher do Recife explicações sobre o programa ‘Hoje Menina, Amanhã Mulher’, promovido no Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, na Zona Norte da cidade, desde setembro até o fim deste mês.
Estão sendo realizadas oficinas com temas como raça, identidade de gênero, combate à violência doméstica e sexualidade. “Precisamos saber o que está sendo abordado nestas programações.
Não quero imaginar que estão ensinando a meninas de 14 anos que elas têm, por exemplo, o direito de decidir se mantém ou não uma gravidez indesejada”, afirmou o a socialista, que é da base do prefeito Geraldo Julio (PSB) e da bancada evangélica da Câmara dos Vereadores.
LEIA TAMBÉM » No Mercosul, Humberto critica MBL e Bolsonaro por ‘ações autoritárias’ » Câmara do Recife ainda tem projeto para proibir diversidade sexual em livros » Janot pede ao STF para barrar lei contra identidade de gênero em escolas Participam das oficinas 20 meninas de 14 a 16 anos, refletindo sobre perguntas como: “O que é importante para uma menina ser feliz?”.
O programa, realizado em parceria com a Unicef e o Centro das Mulheres do Cabo, tem o objetivo de transformar as participantes em líderes de suas comunidades e multiplicadoras do feminismo.
São sete encontros abordando: identidade de gênero e raça; classe e desigualdade; direitos sexuais e reprodutivos; violência doméstica e sexista; respeito e diversidade; cidadania e participação social; liderança e trabalho em rede.
Foto: Pedro França/Cortesia para a Prefeitura do Recife Depois do Alto Santa Terezinha, o programa ainda vai para o Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro, na Zona Oeste, e o Centro da Mulher Metropolitana Júlia Santiago, em Brasília Teimosa, na Zona Sul.
O programa também será implantado nas cidades de Belém e Salvador. » “Não à ideologia de gênero!”, diz vereadora Aimée sobre Encontro com Fátima Bernardes » Relatora, Teresa Leitão diz que PL para proibir livros sobre gênero nas escolas é inconstitucional » Vereador de Caruaru defende fim da rotina de ler salmos bíblicos na Câmara A Unesco no Brasil defende o debate sobre sexualidade e gênero nas escolas para a prevenção da violência e a inclusão.
O País adota a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, um conjunto de objetivos que inclui a garantia de ambientes de aprendizagem seguros e não violentos, inclusivos e eficazes, e a promoção da educação para a igualdade de gênero e os direitos humanos.
Para a vereadora, “há uma campanha em curso de alguns quadros políticos que tentam, a todo custo, desvalorizar a família, banir os valores cristãos e sexualizar as crianças cada vez mais cedo”. “Prova disto são as desculpas cada vez mais esfarrapadas.
Agora, a pretexto de arte, promovem até a pedofilia”, afirma Aimée.
Transexuais Seguindo o Movimento Brasil Livre, o MBL, a vereadora também propôs um boicote à televisão. “Na TV Globo tem novela com mulher querendo virar homem e jornalístico ensinando que menino deve brincar de boneca. É uma afronta às famílias”, disse, referindo-se à personagem Ivan, da novela A Força do Querer, que descobre a sua transexualidade.
Na TV, Ivan é agredido na rua.
O Brasil é o País que mais mata pessoas LGBT, com uma morte a cada 26 horas, e, do total, 42% eram trans.