A bancada de oposição a Paulo Câmara (PSB) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) apresentou um requerimento ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pedindo a abertura de um inquérito para apurar a situação do Hospital Dom Malan, em Petrolina, no Sertão.

Os parlamentares afirmam que há duas alas da unidade desativadas.

Segundo a denúncia da oposição, uma foi fechada há dois anos por causa do desabamento do teto e a outra está sem funcionar há um ano, porque o piso afundou.

As alas atendiam a crianças e gestantes, de acordo com a bancada.

A situação foi alvo de críticas da oposição em visita realizada a Petrolina no Pernambuco de Verdade, programa criado para responder ao Pernambuco em Ação de Paulo Câmara.

Enquanto o governador viaja ao interior para anunciar obras, os deputados têm visitado municípios para cobrar programas e melhorias nos serviços.

LEIA TAMBÉM » Oposição pede ações para Estado voltar a limite da LRF O líder da bancada, Silvio Costa Filho (PRB), afirma que a precariedade da rede pública é recorrente e cobra promessas como o programa Remédio em Casa, para o fornecimento de medicamentos. “O que temos visto é exatamente o contrário, são as farmácias do Lafepe desabastecidas, sem uma dipirona sequer, e a dificuldade do povo de Pernambuco de conseguir atendimento médico.

Marcar uma consulta, pelo 0800 da Secretaria de Saúde, é uma tarefa impossível, como já demonstramos no Plenário da Assembleia”, apontou.

Policial Militar, Joel da Harpa (Podemos) comparou a situação apontada pela oposição para a saúde à crise na segurança. “O que temos observado, durante o Pernambuco de Verdade, é que a saúde, ao lado da segurança, é um dos principais problemas enfrentados pela população”, disse.

A oposição afirma que nas próximas semanas vai procurar o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e Conselho Regional de Medicina (Cremepe), além de visitar as unidades no Estado. “Paralelamente aos problemas nos hospitais, encontramos uma série de unidades prontas, mas sem uso, como a UPA de Goiana e a UPAE de Carpina, além de hospital com obras paralisadas, como é o caso do Hospital da Mulher e o Hospital São Sebastião, em Caruaru, ou o Mestre Dominguinhos, em Garanhuns, Hospital Regional do Sertão, em Serra Talhada, Hospital da Mulher do São Francisco (Petrolina) ou o Hospital Geral de Cirurgia, no Recife. que sequer tiveram as obras iniciadas”, afirmou Silvio Costa Filho.